De acordo com o relatório Tech Report 2020 – Panorama do Setor de Tecnologia Catarinense 2020”, realizado pela Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), em parceria com a Neoway, empresa de software de big data, o Paraná registrou um crescimento no setor de Tecnologia da Informação de 21,8% em 2019, contrário ao cenário brasileiro, que apresentou queda no faturamento de 22,1%.
Em comparação com São Paulo, por exemplo, o estado paranaense tem um excelente saldo positivo. São Paulo teve um recuo de 17% em 2019. Além disso, considerando o faturamento total do setor, esta porcentagem aumenta para positivos 25,9% do Paraná, contra negativos 19,7% de São Paulo. Em números absolutos, o setor de TI do Paraná faturou R$21,2 bilhões contra R$16,8 bilhões em 2018, ficando apenas atrás de São Paulo quanto ao montante (R$ 115 bilhões).
O Paraná também se destacou na produtividade. Segundo o estudo, a receita das empresas paranaenses por trabalhador é de 90 mil reais, maior do que qualquer outra unidade federativa. Santa Catarina fica em segundo lugar com 77 mil, Rio Grande do Sul em terceiro com 67 mil e São Paulo vem em seguida com 52 mil. O relatório também analisou as cidades que se destacam por sua eficiência produtiva e Curitiba ficou em primeiro lugar com R$ 108 mil por trabalhador, 22 mil a mais que em 2018.
“Já não é possível imaginar os outros segmentos da economia, como a indústria, o comércio e o agronegócio, sem a participação da área de inovação. Por isso nos orgulha muito acompanhar o desenvolvimento e o destaque que o setor de tecnologia paranaense ganha no cenário nacional. O bom resultado é fruto de um trabalho conjunto que trará ainda mais frutos para o estado”, comentou o governador Ratinho Junior.
O presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Paraná (Assespro-PR), Adriano Krzyuy, destacou as ações desenvolvidas entre entidades, governo, iniciativa privada e academia. “Muitas vezes, quando o aluno sai da faculdade para o mercado de trabalho, muita coisa que ele aprendeu já está defasada em virtude da velocidade com que a tecnologia se transforma. Por isso, nos últimos anos, as instituições de ensino que atendem o setor têm refletido para proporcionar aos estudantes uma nova dinâmica de aprendizado. Estamos vendo os resultados na prática, com profissionais que apresentam alta produtividade para as empresas”, opinou.