De acordo com o boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (SESA) até o fechamento desta reportagem especial de aniversário do município de Colombo, foram oficialmente contabilizados 313 óbitos de colombenses causados pela Covid-19, a doença causada pelo vírus Sars-CoV-2, que modificou muita coisa em todo o planeta e que já vitimou mais de 2,2 milhões de pessoas.
Apenas como comparação, a mortalidade da Covid-19 em Colombo é de aproximadamente 128 casos fatais a cada 100 mil habitantes. Segundo o Atlas da Violência dos Municípios Brasileiros de 2019, que registrou dados do ano de 2017, Colombo teve um índice de 41,1 homicídios a cada 100 mil habitantes, número que, na época, deixou o município entre os mais violentos do Estado.
A primeira morte registrada oficialmente em Colombo pela doença da Covid-19 aconteceu em 22 de maio. De lá para cá, a cidade registrou uma média diária de 1,21 mortes relacionadas diretamente à pandemia.
Entre essas mais de três centenas de vítimas, estava a professora colombense Daiana Stefhanne Costa da Silva. A jovem profissional, que estava grávida quando contraiu a doença, teve de ser internada e intubada, e em dado momento, devido ao quadro clínico, foi submetida a uma cesariana. O bebê, felizmente, nasceu saudável. Por outro lado, Daiana não resistiu e faleceu alguns dias depois do parto, sem sequer conhecer a pequena Catarina. A professora deixou o esposo e uma outra filha mais velha.
Na semana do aniversário de Colombo, o nome de Daiana foi eternizado em uma das ruas do município. O prefeito Helder Lazarotto assinou o decreto n°016/2021, que nomeia como Rua Professora Daiana Stefhanne Costa da Silva uma nova via que foi construída no bairro Ana Terra, entre a rua Felício Kania e a Avenida Prefeito João Batista Stocco.
Outra vítima fatal do coronavírus foi Sílvio Falate, de 67 anos. O participante do Movimento de Irmãos da Paróquia Santa Teresinha de Lisieux, no Guaraituba, faleceu no dia 13 de junho e foi um dos primeiros casos fatais confirmados no município. Na época, a reportagem do Jornal de Colombo conversou com o filho de Silvio, que carrega o mesmo nome do pai. “O pai era um homem trabalhador, muito conhecido aqui em Colombo. Todo mundo gostava dele. Não tinha o que falar de negativo sobre ele”, comentou.
Um caso que também teve grande repercussão na comunidade colombense foi a morte do policial militar Joel Santos de Matos, lotado na 1ª Cia do 22º Batalhão de Polícia Militar. O soldado foi o primeiro policial militar da Região Metropolitana de Curitiba a ser vítima da Covid-19. “O policial militar desempenhou dedicadamente o seu trabalho em prol da segurança do povo paranaense. Foi cumpridor do seu dever como policial e hoje nos deixa um eterno vazio em nossos corações”, disse uma nota do 22º BPM, destacando os 14 anos de serviço do policial.
Recentemente, a cidade também se emocionou com a despedida do empresário Dionei Silva, proprietário da rede de supermercados Rio Verde. Considerado um dos nomes mais expressivos e bem sucedidos do empresariado local, Dionei recebeu inúmeras homenagens de funcionários, amigos e da população em geral.
Infelizmente, não foi possível identificar todos os 313 cidadãos colombenses que não conseguiram vencer a Covid-19 para prestar uma justa homenagem. Entretanto, registramos nossos mais sinceros sentimentos a todos os colombenses atingidos por esta pandemia e seguimos com a esperança de que em breve não percamos mais colombenses para esta doença. Que Colombo possa seguir em frente com saúde, sem esquecer jamais dos que nos deixaram.