O sistema penitenciário do Paraná completou 116 anos nesta segunda-feira (23), em uma solenidade realizada na Escola de Formação e Aperfeiçoamento Penitenciário (Espen), em Curitiba. A celebração destacou os avanços na gestão penitenciária e o compromisso com a reintegração social. A diretora-geral da Polícia Penal do Paraná (PPPR), Ananda Chalegre, ressaltou a importância da transformação dos antigos agentes carcerários em policiais penais, fortalecendo o sistema de custódia, controle e educação para pessoas privadas de liberdade.
Criação da Polícia Penal e ampliação de vagas
Um dos marcos recentes foi a criação da Polícia Penal do Paraná, em 2021, que transferiu à PPPR a gestão das carceragens, antes sob responsabilidade da Polícia Civil, e a segurança de muralhas e escoltas, antes atribuídas à Polícia Militar. Desde 2019, o sistema ganhou sete novas penitenciárias e cadeias públicas, totalizando 4.192 vagas, com mais 3.139 vagas em construção.
Expansão no quadro de servidores e novos concursos
O quadro de servidores também está em expansão. Estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo Simplificado (PSS) para 143 profissionais da área de saúde no Complexo Médico Penal (CMP) e na sede administrativa da PPPR. Em maio deste ano, um concurso foi realizado para sete vagas no Quadro Próprio da Polícia Penal, abrangendo Curitiba, Londrina e Cascavel.
História e legado do sistema penitenciário
O sistema penitenciário paranaense começou em 23 de setembro de 1908, com a fundação da primeira penitenciária do estado, no bairro Ahu, em Curitiba. As primeiras unidades prisionais já ofereciam celas individuais, educação e trabalho para os detentos, em atividades como marcenaria e tipografia, contribuindo para o surgimento da Imprensa Oficial do Estado.
Acervo histórico disponível para visitação
Durante a solenidade, foram expostos itens históricos do acervo penitenciário. O público pode visitar o acervo da Espen nesta terça-feira (24), com documentos que datam de 1909 a 1979. A diretora da Espen, Josiane Scremin, ressaltou a importância de preservar a história do sistema penitenciário como um legado para o futuro.