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Saúde orienta sobre o diagnóstico da hanseníase

O último domingo de janeiro marca do Dia Mundial de Combate à Hanseníase, doença infecciosa transmitida por uma bactéria, conhecida como bacilo de Hansen. A contaminação acontece pelas vias aéreas superiores, por meio de espirros, tosse, fala e respiração. O diagnóstico e o acompanhamento são feitos pela rede pública de saúde por meio das unidades básicas e centros especializados.

“O alerta do Dia Mundial é para que a população e mesmo os profissionais da saúde fiquem atentos para a doença, pois o tratamento cura a hanseníase”, explica o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

No Paraná, o Plano Estadual de Saúde prevê manter o índice de cura dos casos de hanseníase diagnosticados na casa dos 90%. O Estado é reconhecido nacionalmente pela manutenção desta taxa de cura, classificada como boa pelo Ministério da Saúde. Para isso, a secretaria estadual manterá todas as etapas do tratamento: suspeição de casos, com monitoramento de suspeitos e pessoas próximas a ele; diagnóstico, medicamentos e acompanhamento na atenção primária, com fluxos de encaminhamento estabelecidos à atenção secundária, terciária, referências e equipe multiprofissional.

Sintomas

Para que ocorra esta contaminação é preciso contato direto e prolongado com o portador. O período de incubação também é longo, de dois anos em média, mas a doença pode levar até dez anos para se manifestar. Entre os primeiros sintomas estão as manchas pelo corpo, com alteração ou perda de sensibilidade local, fraqueza e dores nas articulações de braços, pernas, mãos e pés.

A doença atinge pessoas de todas as idades e muitas vezes passa despercebida porque as manchas, seu sinal mais visível, não doem, não coçam, não incomodam. Isto faz com que o diagnóstico aconteça tardiamente, quando o doente já apresenta incapacidades físicas por comprometimento dos nervos.

Tratamento

A Organização Mundial da Saúde indica a poliquimioterapia como terapêutica, com a associação de três antibióticos. O tratamento dura seis meses para os casos mais leves e 12 meses nos mais avançados, podendo ser prolongado.

Assim que começa a fazer uso do medicamento o doente deixa de transmitir a bactéria e os sintomas, que podem provocar lesões neurais, deformidades e incapacidades, ficam mais controlados.

O diagnóstico da hanseníase é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio do exame geral e dermatoneurólogico para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e comprometimento de nervos periféricos.

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Redação JC

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