A Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec) vão convocar a Associação Comercial do Paraná (ACP) para discutir o horário de funcionamento do comércio durante a pandemia do novo coronavírus. A intenção é entrar em um consenso para evitar aglomerações nos ônibus de Curitiba e Região Metropolitana nos horários de pico. No momento, muitos lojistas não estão seguindo os horários alternativos estabelecidos pela entidade, sobrecarregando o sistema de transporte. Um encontro virtual deve acontecer nesta sexta-feira, 5.

O transporte público tem registrado movimento de até 28 mil passageiros por hora em horários de pico, às 7h e 18h, em Curitiba. “A recomendação é que o comércio utilize horários alternativos. A reabertura é essencial para a economia, mas evitar a propagação da doença, especialmente agora com as temperaturas mais baixas, é uma responsabilidade que precisa ser partilhada também pelos empresários”, disse o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.

O dirigente ainda indica que a circulação de pessoas ainda está bastante reduzida em um contexto geral. “O movimento ainda está 65% abaixo de períodos normais. Mas operamos com 80% da frota para termos uma folga no sistema e evitar aglomerações”, afirmou.

Já o presidente da Comec, Gilson Santos, informou que o pico no número de usuários no transporte metropolitano é no início da manhã, com o movimento das pessoas que usam o ônibus para trabalhar em Curitiba. Mas depois das 8h esse fluxo reduz para menos da metade. “Com um pequeno esforço, flexibilizando horários, o usuário vai encontrar um sistema totalmente diferente dos horários de pico e é essa compreensão que precisamos que todos tenham. Mas infelizmente, não é o que estamos observando. Os patrões não estão olhando com a devida atenção neste momento de pandemia para estas pessoas”, disse Santos.

A orientação divulgada pela ACP é que os shoppings funcionem das 12h às 20h e o comércio de rua, das 10h às 17h. Com a reabertura dos shoppings, no último dia 25 de maio, a Urbs ampliou de 65% para 80% o uso da frota de 1,5 mil veículos. A Comec por sua vez estabeleceu a lotação máxima dos veículos em 65%.

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