A Polícia Civil do Paraná (PCPR) lançou nesta semana a possibilidade de denunciar crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher através da internet. A partir de agora, a vítima poderá registrar um Boletim de Ocorrência (BO) através do link www.policiacivil.pr.gov.br/BO. Além dos casos envolvendo a Lei Maria da Penha, também foi adicionada a possibilidade de realização do BO eletrônicos às vítimas de crimes de estelionato. “A Secretaria da Segurança Pública tem procurado sempre atender as demandas do cidadão paranaense da melhor forma possível”, disse o secretário Rômulo Marinho Soares. “Por isso, ao receber demanda referente ao tema imediatamente repassamos à Polícia Civil para que fizesse estudo de possibilidades de implantação deste serviço. Apesar de estar iniciando, acredito já que estamos dando um grande passo”, completou.

A SESP também anunciou uma mudança na publicação dos dados referentes a feminicídios. “Além disso, a partir de agora. vamos divulgar, trimestralmente, em nosso portal os dados de feminicidios. Eles eram contabilizados em homicídios e passam a ser apresentados em abas separada”, explicou. 

 

Segundo o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach,o serviço já vinha sendo projetado, mas foi adiantado devido à pandemia do novo coronavírus. “Nesse momento em que a orientação é o distanciamento social, resolvemos agilizar a implementação de BO online para violência doméstica e estelionato com o objetivo de evitar aglomerações de pessoas em delegacias”, afirmou.

As mulheres, maiores de 18 anos, podem registrar BO no site da PCPR, em casos lesão corporal (violência doméstica), ameaça, injúria, calúnia, difamação e contravenção de vias de fato cometidos contra mulher, nos termos da Lei Maria da Penha  (ambiente doméstico e familiar). Os crimes mais graves praticados contra a mulher, como os de natureza sexual e tentativa de feminicídio continuam a ser registrados exclusivamente de forma presencial. Mulheres que queiram requerer Medidas Protetivas devem solicitar presencialmente em uma Delegacia da PCPR, devido à gravidade e urgência desses casos. Para casos de emergência, as vítimas continuam a ter a orientação de ligar para o 190 da Polícia Militar ou acionar a Guarda Municipal.

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