A Polícia Civil do Paraná (PCPR) está promovendo diversas ações para cuidar da parte psicológica dos seus servidores, bem como para prevenção do suicídio entre os policiais civis. Além de ofertar atendimento multiprofissional, neste ano a instituição trabalha para identificar o perfil de saúde mental do policial civil do Estado, por meio de um questionário. A pesquisa é realizada em parceria com um grupo de psicólogos da Universidade Positivo (UP) e tem o objetivo de direcionar esforços estratégicos para prevenir as principais patologias que diminuem o bem-estar dos profissionais.
O convênio com a universidade foi firmado em maio deste ano e está na fase de implementação da pesquisa, que permitirá conhecer o atual estado mental dos policiais civis do Paraná. Para levantar os dados, o questionário será aplicado a todos os servidores, sem excessão.
A delegada-chefe do Grupo Auxiliar de Recursos Humanos da PCPR, Luciana Novaes, destaca que o policial civil é um ser humano, e como tal, pode apresentar problemas ao psiquismo. “Iremos diagnosticar situações nevrálgicas, relações de conflito do policial civil no ambiente de trabalho e com seus familiares. A ideia é agrupar mais informações do nosso centro de psicologia jurídica e atendimento multiprofissional com a Universidade Positivo”, disse.
Com os dados em mãos, os profissionais irão criar um protocolo de encaminhamento e atendimento a policiais civis que apresentem problemas psicológicos. Luciana afirma que esta ação irá prevenir de forma ativa possíveis tendências suicidas e outras situações que afetem o psiquismo do servidor.
“A ideia é criar uma sistemática mais organizada e fazer uma aproximação maior do policial civil com o setor de psicologia da polícia. Mostraremos a importância do tratamento”, informou a delegada.
Luciana ainda informa que estão sendo estudadas formas para ampliar o atendimento psicológico aos policiais civis no Estado. A PCPR atuará no firmamento de parcerias com profissionais na Capital, interior, além de trabalhar para criar uma rede de sentinelas. “Iremos localizar policiais com perfil de cuidadores e sentinela para que nos auxiliem a identificar os policiais civis que estejam com problemas, para que possamos fazer o encaminhamento adequado para o setor de psicologia da Polícia Civil”, explicou.
Para a delegada, a prevenção ao suicídio é uma preocupação a nível nacional. “É nossa obrigação cuidar do cuidador. Como ele irá cuidar dos outros, se ele sequer é cuidado?”, pontuou Luciana.
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