O cão perito Raman, da Polícia Científica do Paraná (PCP), teve papel crucial na investigação de um crime em Curitiba. No último dia (16), o animal detectou vestígios de sangue em um local analisado por peritos, material despercebido a olho nu. A substância foi confirmada com o uso do Tablet Forense e depois enviada para análise no Laboratório de Genética Molecular Forense da PCP. O laudo será encaminhado à Polícia Civil do Paraná (PCPR) para apoiar as investigações.

“O objetivo de contar com um cão especializado é justamente esse: direcionar o trabalho do perito em locais de crime, encontrando vestígios de sangue imperceptíveis ao olhar humano”, explica a perita criminal Isabella Melo, que também atua como condutora de Raman.

Raman é um pastor-belga malinois, raça conhecida por inteligência e agilidade, integrado à PCP em 2022. Desde então, passou por um rigoroso treinamento em três fases, com duração de um ano e meio. A primeira etapa envolveu a familiarização com o odor do sangue. Em seguida, passou a identificar o cheiro em ambientes controlados, como caixas. Na terceira fase, os testes ocorreram em locais diversos, com amostras camufladas em diferentes superfícies.

Além das atividades periciais, Raman também participa de eventos e exposições ao lado da Polícia Científica. Segundo a perita Viviane Zibe, que também atua como condutora, o cão é sociável, brincalhão e demonstra grande dedicação aos treinamentos. “O trabalho do Raman é uma contribuição valiosa para a Polícia Científica, pois auxilia diretamente na localização de vestígios que muitas vezes passariam despercebidos. Agora, entramos na fase de aprimoramento contínuo”, afirma.

Raman é o primeiro e único cão da história da Polícia Científica do Paraná. Seu nome homenageia a técnica de Espectroscopia Raman, utilizada na identificação de substâncias — uma referência à sua capacidade de detectar vestígios invisíveis com precisão. Doado à instituição, ele se tornou uma peça-chave nas análises periciais relacionadas a manchas de sangue, agregando inovação ao trabalho forense realizado no estado.

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