Mais de 300 representantes dos setores empresarial, acadêmico e governamental, além da sociedade civil organizada, participaram do segundo ciclo do projeto para a construção coletiva de rotas estratégicas regionais de ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no Paraná. Nessa quinta-feira, foram encerrados os debates que trataram de projetar o futuro da CT&I até 2040 nas regiões do Sudoeste, Norte Pioneiro, Noroeste, Centro-Sul e dos Campos Gerais.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Fundação Araucária e da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), e o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), sendo conduzida metodologicamente pela Fundação Araucária e pelo Observatório Sistema Fiep.
Segundo o diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fundação Araucária, Luiz Márcio Spinosa, um dos objetivos do projeto é entender melhor o papel da CT&I para a geração de riqueza e qualidade de vida para os cidadãos. “Temos um cenário muito favorável por possuirmos um sistema de CT&I diferenciado, que está presente em mais da metade dos municípios do Paraná. Queremos mobilizar estes atores para promover o desenvolvimento das regiões, analisando as especificidades de cada uma delas. Este projeto é uma das principais iniciativas para tornar o Paraná o estado mais moderno e inovador do país”, destacou.
O coordenador de Ciência e Tecnologia da Seti, Marcos Aurelio Pelegrina, elogiou os resultados. “Os encontros para debater e planejar cada região foram muito produtivos, com a participação massiva de todos os ecossistemas, e isso é fundamental para o planejamento da CT&I para os próximos anos”, disse
CICLOS
No primeiro ciclo foram trabalhadas as regiões Norte, Oeste, Litoral e Região Metropolitana de Curitiba. No total, o projeto alcança nove regiões no Estado.
A gerente executiva do Observatório Sistema Fiep, Marília de Souza, explicou que o projeto entra agora na fase de análise de conteúdos, onde serão trabalhadas as contribuições que foram feitas para, em breve, retomar o contato com os especialistas, pesquisadores e stakeholders locais.
“Vamos então apresentar uma versão quase final do processo de planejamento para que sejam feitas novas contribuições. Esta iniciativa da Fundação Araucária é inédita no Paraná e vai ajudar a escrever uma nova história em termos de indução do desenvolvimento a partir da CT&I no Estado”, disse ela.
Como resultado do projeto, será entregue à sociedade paranaense uma agenda convergente de ações transformadoras que buscam orientar os ecossistemas regionais.
Para o CEO do Cilla Tech Park, Géri Dutra, a aproximação dos atores e a percepção da importância de construção de ecossistemas é o caminho para que o Paraná seja mais inovador.
“Permite essa conexão com vários atores da região que normalmente não tinham esta aproximação, além de participação no processo de construção de um direcionamento de futuro em termos de CT&I. Isso é fundamental para que tenhamos uma população mais desenvolvida, com os mais altos índices de conhecimento, e também maior empreendedorismo e geração de emprego e renda”, afirmou Dutra.
O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pato Branco, Giles Balbinotti, falou da importância da definição de estratégias a curto, médio e longo prazo. “Parabenizo a iniciativa do Governo do Estado e do Sistema Fiep por este trabalho de olhar para o futuro. Com inteligência coletiva, vamos conseguir realizar as transformações estruturais e digitais necessárias nas nossas cidades e em nosso Estado”.
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