As equipes foram enviadas via terra e ar. No sábado, três veículos levando seis bombeiros e dois cachorros partiram rumo ao Rio de Janeiro. Na parte da tarde daquele mesmo dia, outros quatro militares e dois cães foram enviados de avião para agilizar a chegada da ajuda humanitária. As buscas entram no sétimo dia nesta segunda-feira (21).
“Petrópolis foi devastada por for fortes chuvas nesta semana, e o Paraná pode auxiliar neste momento tão doloroso. Nosso estado tem bombeiros altamente qualificados e cães preparados para essa missão. Queremos somar com os trabalhos das equipes que já estão no local”, palavras do governador Ratinho Junior ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro
As duas equipes paranaenses deverão atuar por sete dias em Petrópolis. Após esse período, o comando do Corpo de Bombeiros do estado avaliará a necessidade de envio de outro grupo para substituição. De acordo com informações do Batalhão levantadas junto à Corporação do Rio de Janeiro, são mais de 350 militares atuando nas áreas afetadas diariamente.
“A equipe aérea chegou antes e fará um trabalho precursor, recebendo as orientações para a execução da missão”, destacou o capitão Alexis Iverson. “Por terra está indo todo o aparato necessário para que possamos ser autossuficientes e não precisar desfalcar as equipes que já estão no local”, acrescentou. Cinco dos militares que vão ajudar nas buscas em Petrópolis atuaram na tragédia de Brumadinho em 2019.
Segundo a prefeitura de Petrópolis, 114 corpos haviam sido sepultados até a noite de domingo (20). Até o momento, 117 pessoas continuam desaparecidas. O Instituto Médico Legal (IML) continua realizando a identificação e liberação das vítimas.
Histórico de Tragédias
Esta não é a primeira vez que Petrópolis sofre com um desastre. Em 2011 depois que um temporal atingiu a cidade, 71 pessoas morreram na área urbana e mais de 900 vieram a óbito na serra fluminense. Os dados são do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais. A Defesa Civil de Petrópolis divulgou um compilado com o histórico de tragédias de 1966 a 2017; Em 66 foram registrados 80 mortos, 1977 (11), 1979 (87), 1988 (171), 1997 (6), 2001 (51), 2003 (17), 2007 (3), 2008 (9), 2009 (6), 2010 (1), 2011 (73), 2013 (34), 2016 (2) e 2017 (1).
Para o professor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo (USP) Pedro Cortês, devido a cidade ter sido expandida de forma desordenada às margens das montanhas e rios, os riscos naturais estão sempre presentes. O governo do Rio de Janeiro precisa investir em um reordenamento urbano que garanta mais segurança, tratando dos leitos de rios e das encostas com uma engenharia séria encabeçada pela Defesa Civil.
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