Nos últimos dias, a população tem sentido na pele os efeitos de uma onda de calor que atinge diversas regiões do Brasil, incluindo Colombo. Termômetros registram temperaturas muito acima da média para esta época do ano, causando transtornos e levantando um debate essencial sobre os impactos das mudanças climáticas.
Fenômenos como El Niño contribuem para a intensificação do calor, mas não podemos ignorar o fator humano nessa equação. O desmatamento, a emissão desenfreada de gases do efeito estufa e a falta de políticas ambientais eficazes agravam as condições climáticas extremas que enfrentamos. Cientistas alertam que eventos como este se tornarão cada vez mais frequentes e intensos se não houver uma mudança global no modo como lidamos com o meio ambiente.
Além do desconforto térmico, a onda de calor representa um risco real à saúde pública. Casos de desidratação, insolação e complicações respiratórias aumentam, principalmente entre crianças, idosos e pessoas com condições pré-existentes. O setor energético também sente os impactos, com um aumento no consumo de eletricidade devido ao uso intensivo de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, o que pode levar a apagões e sobrecargas no sistema.
Diante desse cenário, é urgente que governos e sociedade adotem medidas de adaptação e mitigação. No nível local, a ampliação de áreas verdes, a preservação de matas ciliares e a conscientização sobre o uso racional da água e da energia são passos fundamentais. No contexto global, o compromisso com a redução de emissões e investimentos em fontes renováveis precisa ser prioridade.
O calor extremo que vivemos hoje não pode ser tratado como um evento isolado, mas sim como um alerta. Se não agirmos agora, o futuro poderá ser ainda mais sufocante.