Este artigo será dividido em duas partes. É essencial destacar que ele traz a perspectiva de duas mulheres que compartilham com orgulho  as conquistas que essa data representa. O Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, não é apenas uma ocasião de homenagem, mas um marco na luta por direitos e igualdade de gênero. No campo do Direito, as mulheres alcançaram avanços significativos ao longo da história, garantindo espaços e direitos que antes lhes eram negados. No entanto, muitos desafios ainda persistem.

Conquistas Históricas

Ao longo dos séculos, as mulheres foram sistematicamente excluídas de diversas esferas sociais e jurídicas, enfrentando restrições que limitavam sua participação ativa na sociedade. No Brasil, um marco importante ocorreu em 1932, quando as mulheres conquistaram o direito ao voto, garantindo maior representatividade política e ampliando sua voz nas decisões do país. Posteriormente, a Constituição de 1988 consolidou a igualdade de direitos entre homens e mulheres, proibindo qualquer forma de discriminação de gênero e reforçando a necessidade de equidade nas relações sociais e profissionais.

Na área jurídica, a presença feminina cresceu exponencialmente. Atualmente, as mulheres representam a maioria dos ingressantes nas faculdades de Direito e vêm ocupando um número crescente de posições de destaque no Judiciário, na advocacia e no Ministério Público. A nomeação de magistradas para tribunais superiores e sua atuação em instituições de relevância demonstram uma mudança significativa no cenário jurídico, refletindo a conquista de espaços antes dominados majoritariamente por homens.

 

Leis em Favor das Mulheres

Diversas leis foram criadas para proteger os direitos das mulheres e combater a desigualdade. Entre elas, destacam-se:

 

  • Lei Maria da Penha (2006): Considerada um dos mais avançados marcos legais na proteção das mulheres, a lei foi criada para prevenir e combater a violência doméstica e familiar. Além de estabelecer medidas protetivas urgentes para vítimas em situação de risco, endureceu as punições para os agressores e ampliou os mecanismos de denúncia e assistência, garantindo maior segurança e apoio às mulheres.
  • Lei do Feminicídio (2015): Reconhece o assassinato de mulheres em razão do gênero como um crime hediondo, reforçando a gravidade da violência contra a mulher. A legislação prevê penas mais severas para os responsáveis e busca dar maior visibilidade à questão, promovendo políticas públicas para a prevenção e combate a esse tipo de crime.
  • Lei da Igualdade Salarial (2023): Estabelece medidas para assegurar que mulheres e homens recebam remuneração igual para funções equivalentes, combatendo a disparidade salarial de gênero. A lei prevê mecanismos de fiscalização mais rigorosos e sanções para empresas que descumprirem a norma, promovendo maior transparência e equidade no mercado de trabalho.

Essas legislações são essenciais para a proteção e promoção dos direitos das mulheres, mas sua efetividade ainda depende da aplicação rigorosa e da conscientização social.

 

Continuamos na próxima edição.

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