No início de 2025, o governo federal sancionou a Lei nº 15.100/2025, que proíbe o uso de celulares nas escolas de educação básica em todo o Brasil. A nova regra vale para escolas públicas e privadas, desde a educação infantil até o ensino médio, e busca melhorar o aprendizado e a concentração dos estudantes. Mas por que essa decisão foi tomada? O que dizem os estudos científicos sobre o uso excessivo de telas?
O Impacto do Celular na Aprendizagem
O uso exagerado de celulares pode prejudicar o desempenho dos alunos na escola. Um estudo da Universidade de Canterbury, na Nova Zelândia, analisou mais de 6.000 crianças entre 2 e 8 anos e concluiu que passar muito tempo em frente a telas pode afetar o desenvolvimento da linguagem e a capacidade de aprendizado. Crianças menores de 5 anos que usam celulares por muito tempo têm mais dificuldade para falar e interagir com os outros.
Além disso, outra pesquisa publicada na revista científica The Lancet, feita no Reino Unido com 1.227 estudantes de 12 a 15 anos, mostrou que o uso de celulares nas escolas não afeta apenas o desempenho acadêmico, mas também a saúde mental e o sono dos adolescentes.
O Que Muda Com a Nova Lei?
A partir de agora, os celulares devem ficar guardados durante as aulas e os intervalos. Eles só poderão ser usados em atividades pedagógicas, quando os professores solicitarem, ou em casos específicos, como necessidades de saúde. A ideia não é apenas proibir, mas garantir que o ambiente escolar seja mais tranquilo, favorecendo a concentração, a interação entre os alunos e a melhora na aprendizagem.
Como Podemos Ajudar?
Pais e responsáveis podem incentivar o uso saudável da tecnologia, estabelecendo horários para o uso de celulares em casa e estimulando atividades fora das telas, como brincadeiras ao ar livre e leitura. Professores e escolas, por sua vez, podem utilizar recursos digitais com moderação, aproveitando a tecnologia de forma responsável e educativa.
A proibição do celular nas escolas pode parecer difícil no começo, mas os estudos mostram que essa mudança pode trazer grandes benefícios para o aprendizado e para a saúde dos estudantes. O importante é encontrar um equilíbrio entre tecnologia e educação, garantindo que os alunos aproveitem o melhor dos dois mundos.