O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) publicou no Diário Oficial da União no dia 21 de janeiro a aprovação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) da Nova Ferroeste, executado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O relatório possui mais de 3 mil páginas estava em análise desde novembro, quando o Governo do Paraná protocolou o resultado final.
Uma nova publicação será feita pelo Ibama no Diário Oficial da União, indicando o início do prazo de 45 dias para a realização das audiências públicas. “Foi analisado se a forma de apresentação do EIA/RIMA atende aos requisitos do órgão licenciador, e se está claro para compreensão da população”, explica o coordenador-geral do EIA/RIMA, Daniel Macedo Neto. “É nesse momento em que serão definidos os municípios. O Ibama vai avaliar o volume de inscrições e determinar os locais e as datas dos encontros de acordo com as regiões”.
O estudo foi realizado por uma equipe multidisciplinar com 150 profissionais da Fipe, responsáveis pela coleta e análise dos dados. Biólogos e geólogos percorreram 1.280 quilômetros para levantar informações sobre a fauna e flora, além de avaliar a qualidade da água nas bacias hidrográficas e do ar ao longo do traçado. O ofício também contém dados sobre o ruído, a formação das cavernas, e os animais ameaçados de extinção.
De acordo com as pesquisas de viabilidade, a ferrovia promete a circulação de cerca de 38 milhões de toneladas de grãos e contêineres refrigerados no primeiro ano de operação plena. O empreendimento deve ir a leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) no segundo trimestre desse ano, com o valor de R$ 29,4 bilhões estimados. O vencedor do leilão vai executar a obra e explorar o trecho por 70 anos.