Durante audiência de custódia, Leandra  detalhou as agressões sofridas por detentas e falta de auxílio dos agentes penitenciários.

Leandra, acusada de raptar a menina Eloah Pietra Almeida dos Santos, de apenas um ano e sete meses, revelou em audiência de custódia que foi brutalmente agredida por outras detentas. A prisão preventiva dela foi mantida, e ela afirma temer por sua vida.

Leandra, de 40 anos, foi ouvida em audiência de custódia após ser presa pelo rapto de Eloah Pietra Almeida dos Santos, uma criança de um ano e sete meses. Durante o depoimento, a mulher relatou detalhes chocantes sobre as agressões sofridas na prisão, incluindo torturas físicas e ameaças de morte.

“Eu fui espancada várias vezes pelas detentas. Elas arrancaram ponto do meu seio de tanto puxar, me fizeram desmaiar quatro vezes, deram chutes na minha cabeça, pescoço e peito. Colocaram toalhas na minha cara e juraram que até três horas da manhã vão me matar”, disse.

Além disso, Leandra revelou que objetos foram utilizados nas agressões. “Pegaram o cabo de vassoura e enfiaram em alguns orifícios, falaram que vão enfiar em outros também”, detalhou.

A acusada afirmou ter pedido ajuda aos agentes penitenciários, mas não recebeu assistência. “A porta estava aberta, todo mundo estava ouvindo o que estava acontecendo. Quando pedi ajuda, ouvi: ‘Morra, diaba’. Estou sentindo muita dor na costela e no seio onde elas puxaram tudo”, contou.

Apesar das denúncias, Leandra confirmou que não houve excessos por parte das polícias Civil e Militar no momento de sua prisão.

POSICIONAMENTO DAS AUTORIDADES
O caso levanta questões sobre a segurança de presos sob custódia do Estado. Até o momento, a Secretaria de Administração Penitenciária não se manifestou oficialmente sobre as acusações.

Especialistas em direitos humanos reforçam que a integridade física de qualquer pessoa detida é uma obrigação do sistema prisional. “A tortura e a negligência são violações graves de direitos fundamentais. O Estado tem o dever de investigar e prevenir situações como essas”, afirmou o advogado criminalista Ricardo Moreira.

A decisão do juiz de converter a prisão preventiva mantém Leandra sob custódia, mas o caso segue sob análise.

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