As aulas em Campo Largo começaram com sérios problemas para as famílias que dependem do transporte público escolar. Das 68 linhas de ônibus existentes na cidade, 20 foram reduzidas mesmo sem a diminuição do número de alunos matriculados nas escolas.
Inúmeras reclamações e denúncias de superlotação foram encaminhadas ao Conselho Tutelar. Pais de alunos, membros da Câmara de Vereadores e até mesmo os próprios estudantes se manifestaram contra a redução da frota. Entre as críticas, há fato de que agora apenas alunos que moram a mais de dois quilômetros da escola têm o direito ao transporte.
A prefeitura do município alegou que a medida trouxe economia de R$ 5 milhões para a cidade por meio da redução de custos. Porém, o Ministério Público do Paraná contrapôs a decisão com uma liminar, impondo que cortes de gastos devem ser feitos em áreas não essenciais, preservando os setores sensíveis como educação, saúde e assistência social.
Agora, atendendo ao pedido de tutela cautelar elaborado pela 3ª Promotoria de Justiça de Campo Largo, a decisão proferida pela Vara da Infância e Juventude da comarca, obriga que o Município de Campo Largo e o Estado do Paraná restabeleçam dentro de 48 horas as 68 linhas de transporte sob pena de multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 200 mil.
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