“O que tapa o ouvido ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido” (Pv. 21:13).

 

Vivemos tempos de abundância para poucos e carência para muitos. Essa é nossa triste realidade. Quando voltamos nossos olhos para nossa sociedade observamos que aqueles que estão vivendo em abastança fecham seus olhos para aqueles que estão necessitados. Isso quando não se aproveitam da condição de vulnerabilidade social e se utilizam das boas obras como merchand de seus egos pessoais (Mt 6:3).

A Palavra de Deus nos lembra: não podemos fechar nossos ouvidos ao clamor do necessitado. Atendê-los é uma convocação a nossa condição de salvos em Cristo Jesus. Não fazemos qualquer obra para que sejamos salvos, fazemos porque já fomos salvos pela maravilhosa graça do Senhor e essa condição nos dá um coração contrito, pronto a olhar para aqueles que precisam de nós, mas acima de tudo que precisam de Deus.

Temos na Palavra uma convocação à justiça social, à luta por políticas públicas que alimentem, eduquem e protejam. Precisamos nos posicionar junto ao Estado para que emerjam estratégias, leis, debates que coloquem em voga o planejamento de uma política social genuína, que atenda o clamor daqueles que necessitam. 

Como cristãos é nosso dever apoiar programas sociais e garantir orçamento para saúde e educação, com a certeza de que isso não é consumismo e sim é compaixão cristã. Jesus demonstrou compaixão por todos aqueles que estavam em condição social vulnerável (Lc 14:13-14), lemos isso em diversos textos bíblicos (como 1 Jo 3:17), ele multiplicou pães e peixes (Mt 15:32-39), por exemplo, e isso já nos norteia sobre como devemos agir. Em Jesus não houve privatização, houve multiplicação.

Lembre-se sempre que o Reino de Deus começa quando estendemos as mãos a quem precisa. Que nosso olhar seja o mesmo olhar de Jesus.

 

Deus os abençoe!

 

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