Menos da metade dos planos de governo dos nove candidatos que disputam o Governo do Paraná trazem capítulos com propostas para as (os) Assistentes Sociais. Em alguns planos, sequer as palavras “Assistente Social” ou “Serviço Social” são mencionadas. No entanto, nos planos onde o Serviço Social está contemplado, existem propostas a serem observadas.

Apesar de a maior parte dos planos não citar a profissão de Assistente Social, ou o Serviço Social propriamente ditos, eles contemplam algumas áreas que estão vinculadas aos 11 princípios que regem a profissão e agenda coletiva de luta da categoria na defesa de direitos e das políticas públicas. Os mais comuns, nos planos de governo, são a defesa dos direitos humanos, de habitação, reforma agrária, e garantia dos direitos civis sociais e políticos das classes trabalhadoras.

O CRESS-PR leu todos os planos de governo disponíveis no site da Justiça Eleitoral. 

A presidente do CRESS-PR, Andrea Braga, ponderou que é preciso ter discernimento entre os termos Assistência Social como política pública, Serviço Social como profissão, e Assistentes Sociais como profissionais formados (as) em Serviço Social e devidamente inscritos regularmente no Conselho Regional de Serviço Social. E isso, claramente, não é verificado nos planos de governo.

“Temos a Política Pública de Assistência Social, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) como modelo de gestão utilizado no Brasil para operacionalizar as ações de assistência social.

A maioria dos governantes deveria dar ênfase para esta política pública, pois o Paraná é muito desigual e esta política é extremamente importante para uma parcela significativa da população.

O Serviço Social também tem relação histórica com essa política, pois atua no enfrentamento às desigualdades sociais e é o espaço socioocupacional que o/a assistente social mais se insere, tendo uma contribuição muito relevante nesta área.

No entanto, as (os) profissionais assistentes sociais não atuam, estritamente, na Assistência Social. Assistentes sociais também estão inseridas(os) em outros setores que compõe as políticas públicas e sociais, como a saúde, previdência social, cidades e a educação, por exemplo”, argumentou Andréa.

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