Em 2023, 21,6 milhões de lares brasileiros enfrentaram algum grau de insegurança alimentar, segundo o IBGE. Desses, 7,4 milhões viviam em condições moderadas ou graves, com redução no consumo de alimentos ou ruptura nos padrões de alimentação. Este é um dos principais desafios que prefeitos e vereadores eleitos enfrentarão a partir de 1º de janeiro de 2025.

Eduardo Lúcio dos Santos, fundador do Projeto União Solidária, destaca a necessidade de políticas públicas municipais voltadas ao combate à fome. Ele defende que com o apoio da máquina pública, as ONGs poderiam ampliar significativamente seu impacto. Eduardo espera que os futuros gestores sejam empáticos e comprometidos com os menos favorecidos.

Kiko Afonso, diretor executivo da Ação da Cidadania, enfatiza o papel fundamental dos municípios no combate à fome. Ele alerta para a desvalorização dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), que são essenciais para a inscrição de beneficiários em programas como o Bolsa Família. Afonso sugere que as prefeituras realizem buscas ativas para incluir pessoas vulneráveis no Cadastro Único (CadÚnico).

Juliana Lignani, professora da Uerj, reforça que os municípios são estratégicos no combate à fome por estarem mais próximos da população e compreenderem suas necessidades específicas. Ela sugere que os conselhos municipais de Segurança Alimentar são essenciais para mapear e enfrentar a insegurança alimentar local, e que é crucial integrar essa luta com sistemas como o SUS e a Assistência Social.

Vereadores e prefeitos terão um papel crucial na estruturação e implementação de políticas eficazes que dialoguem com as necessidades locais e garantam resultados efetivos no combate à fome.

 

Fonte: Agência Brasil

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