A Faculdade de Medicina da USP e a Associação Médica Brasileira (AMB) divulgaram dados preliminares da pesquisa *Demografia Médica no Brasil 2025*, apontando que 41,2% dos cursos de especialização Lato Sensu em medicina são totalmente a distância. Outros 11,1% funcionam em regime semipresencial, levantando preocupações sobre a qualidade da formação.

Os cursos EAD, majoritariamente ofertados por instituições privadas (90%) e concentrados na região Sudeste (60%), são mais curtos, com média de 9,7 meses, em comparação com os presenciais (15,4 meses). Segundo os pesquisadores, essa expansão descontrolada pode induzir médicos e a população ao erro, já que muitos cursos sugerem ser especializações médicas.

Dr. Mário Scheffer, da FMUSP, alerta que a proliferação de cursos sem planejamento adequado afasta os profissionais das necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e favorece áreas mais lucrativas, como estética. Ele defende uma regulamentação rigorosa e a ampliação das vagas em Residência Médica.

 

Fonte: Agência Brasil

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