Hoje, vamos refletir sobre o ambiente em que a criança ou jovem estuda. Vamos lá?

A escola oferece um espaço de aprendizado formal, mas o lar também pode – e deve – ser um ambiente propício para o desenvolvimento intelectual. Ter um lugar tranquilo e organizado para estudar, independente do tamanho da casa ou da quantidade de moradores, contar com uma rotina diária de atividades e de leitura, ou mesmo partilhar histórias e experiências pessoais relacionadas ao estudo, são práticas que estimulam a curiosidade e o gosto pelo aprendizado. É sabido que a presença de uma rotina em casa pode ser um fator decisivo para o aluno desenvolver responsabilidade e organização.

Por exemplo, uma família que adota a prática de ter um “dia da leitura” semanal, em que cada pessoa lê um livro ou uma história, está promovendo o gosto pelo conhecimento. Essa prática não apenas estimula o hábito da leitura, mas também cria um espaço de convivência e aprendizado conjunto, tornando o ambiente doméstico uma extensão positiva da escola.

Quando a escola e a família se tornam aliadas, entendemos que os ambientes não são espaços desconectados. A educação se torna mais eficaz quando há uma verdadeira parceria entre ambos, uma aliança construída com base em diálogo, respeito e colaboração. Em minha vivência profissional, percebo que muitos pais enfrentam dificuldades para entender os métodos de ensino atuais, o que pode gerar certa distância. Contudo, a solução está no diálogo. Aproveite as reuniões escolares para conversar com os professores – eles estão ali para ajudar e também querem ouvir suas impressões.

A pedagoga e escritora Tania Zagury ressalta que a escola e a família têm papéis complementares, mas distintos. Segundo ela: “A educação moral e social é papel da família, enquanto a escola deve desenvolver habilidades cognitivas e acadêmicas.” Ou seja, a escola desenvolve saberes voltados às habilidades e competências indicadas pela Base Nacional Comum Curricular (documento norteador da educação no Brasil), enquanto cabe à família mostrar os caminhos do comportamento, dos valores e das crenças. Ao entender esses papéis, fica mais claro como cada um pode contribuir para o desenvolvimento integral do aluno.

E quanto aos desafios atuais? Como a família pode se adaptar ao uso das tecnologias? Este será o tema da nossa próxima edição. Abraços!

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