Nesta quinta-feira, 10, o Palácio Iguaçu recebeu uma reunião entre o governador Ratinho Junior, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves. Os coordenadores estaduais de Defesa Civil do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul também participaram do encontro.  “Vivemos a maior seca dos últimos 100 anos e enfrentamos rodízio nos últimos sete meses no Paraná, inclusive coletando água de cavas e de pedreiras desativadas. O Sistema de Abastecimento de Água Integrado de Curitiba está com 35% de capacidade, mas crise hídrica é comum a outras regiões do Estado”, afirmou o Ratinho Junior. “Estamos buscando alternativas para enfrentar esse momento”.

O ministro afirmou que o Ministério do Desenvolvimento Regional tem recursos em caixa para serem liberados ainda neste ano. Ele pediu planos de trabalho detalhados às Defesas Civis estaduais para a próxima semana, visando aportar recursos ainda em 2020 para ajudar os municípios a enfrentarem a crise hídrica. Segundo ele, um Grupo de Trabalho foi criado na pasta para reunir as ideias e trabalhar de maneira mais integrada. “Queremos tratar com celeridade esse quadro de seca, que não é natural no Sul. Colocamos a Defesa Civil nacional à disposição e solicitamos urgência nos planos de trabalho. Esse quadro tem reflexo inclusive energético por conta da geração de energia elétrica, ou seja, a estiagem nos três estados impacta diretamente a evolução do crescimento do País”, afirmou o ministro. “E a nossa preocupação é com o tempo. Queremos investir mais nos três estados. Tentamos alinhar essa estratégia nesse encontro”, completou.

No encontro, o governador Ratinho Junior também apresentou um panorama mais claro do investimento necessário para tirar do papel o corredor ecológico de quatro novos parques e reservatórios de água ao longo do Rio Iguaçu, na Região Metropolitana de Curitiba. O projeto está estimado em R$ 200 milhões e pode contar com recursos do governo federal. “Temos bons projetos encaminhados para o futuro. Queremos nos preparar para não deixar faltar água para as próximas duas ou três décadas. Estamos enfrentando aquilo que é emergencial e preparando as ações mitigatórias dos próximos anos”, disse o governador.

O objetivo do projeto é criar uma reserva hídrica alternativa para abastecimento dos cidadãos e, ao mesmo tempo, estruturas que darão segurança contra inundações, se somando ao projeto de contenção de cheias que já está em andamento no Alto Iguaçu. A ideia inclui, ainda, espaços para lazer, recreação, pesca, visitação e educação ambiental, além de ajudar a evitar invasões, loteamentos clandestinos e aterramento de cavas.

Participaram da reunião o chefe da Casa Civil, Guto Silva; os secretários de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, e do Desenvolvimento Urbano e de Obras Públicas, João Carlos Ortega; o diretor-presidente do Instituto de Água e Terra, Everton Luiz da Costa; o presidente da Sanepar, Cláudio Stabile; o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Cesar Gonchorosky; os coordenadores da Defesa Civil de Santa Catarina (Aldo Baptista Neto) e do Rio Grande do Sul (Julio Cesar Lopes); e os deputados federais Toninho Wandscheer, Stephanes Junior, Paulo Martins e Luiza Canziani.

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