Pivô de polêmicas, a hidroxicloroquina, um medicamento utilizado no tratamento de malária e lúpus, tem sido também utilizado para o tratamento do novo coronavírus. O protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde recomenda que o fármaco pode ser usado em pacientes com infecções graves da Covid-19 e que precisam de internamento em UTI. No entanto, o próprio ministério reconhece que ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem a eficácia no combate ao coronavírus. Ainda assim, a Secretaria de Saúde do Paraná vai receber nos próximos dias 154 mil doses de hidroxicloroquina genérica do grupo farmacêutico Novartis/Sandoz.

O acordo foi firmado nesta segunda-feira, 13, entre representantes da empresa e o governador Ratinho Junior. “Segundo os relatos dos médicos, é um medicamento que apresenta resultados positivos, em especial nos casos mais graves. Obviamente seguindo os cuidados necessários e a dosagem protocolar”, disse o governador durante reunião feita através de videoconferência com os diretores do grupo. O secretário estadual da Saúde, Beto Preto, reforçou que o uso do remédio em pacientes da Covid-19 no Paraná segue todas as orientações das autoridades de saúde.  “Estamos entendendo nos protocolos das UTIs que todos estão utilizando a associação de hidroxicloroquina com azitromicina (antibiótico usado no tratamento de várias infecções bacterianas) no Estado. É uma doação importante”. A doação irá impactar 100% dos pacientes internados no Paraná nos próximos dois meses em um cenário de 13 mil internações.

Participaram da reunião o chefe da Casa Civil, Guto Silva; o diretor-presidente do Tecpar, Jorge Callado; o diretor-geral da Sandroz no Brasil, Marcelo Belapolsky; o presidente do grupo Novartis no Brasil, Renato Carvalho; o diretor de relações governamentais da Novartis Brasil, João Sanches; e outros diretores da empresa.

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