O Hemepar (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná) deu início nesta semana a um projeto-piloto que permite a utilização de plasma convalescente como procedimento experimental no combate ao coronavírus, causador da Covid-19. O plasma convalescente é a parte líquida do sangue coletada dos pacientes que se recuperaram da infecção pela doença. A técnica utiliza este material para tratar pessoas que tenham sido contaminadas pelo vírus e estejam no início dos sintomas, ainda no quadro leve. “Este trabalho do Hemepar faz parte das ações do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, para viabilizar alternativas de tratamento e minimizar a gravidade dos casos de coronavírus no Paraná, com o objetivo de desafogar os serviços de saúde, salvar vidas e contribuir com as pesquisas científicas”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Inicialmente, o Hemepar realizará exames em pacientes que estão curados da Covid-19 para confirmação de positividade para anticorpos. Após isso, será feito o agendamento para a coleta de plasma convalescente (plasma hiperimune). Os doadores precisam ter sido diagnosticados com a doença e aguardar certo período de tempo depois da recuperação antes da doação para obtenção do plasma.

O sistema imunológico da pessoa que foi contaminada pelo vírus produz proteínas na corrente sanguínea para combater a doença – os chamados anticorpos. Sendo assim, após a recuperação do paciente infectado, os componentes sanguíneos com estes anticorpos podem ser coletados e utilizados em outras pessoas para auxiliar no tratamento da doença. “Acreditamos que estes anticorpos quando transfundidos em pessoas que acabaram de receber um diagnóstico positivo para a Covid-19, possibilitem uma evolução da doença de forma mais branda, não necessitando de intubação ou internamento em UTI’s”, explicou a diretora do Hemepar, Liana Labres de Souza. 

O projeto da instituição conta com o apoio do Laboratório Central do Estado (Lacen/PR), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) e Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde e seguem nota técnica assinada pelo Ministério da Saúde e pela Agência NAcional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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