O Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) e o Instituto Água e Terra (IAT) passam a integrar o Monitor de Secas, instituído pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Formalizado em julho deste ano, o programa faz o acompanhamento regular e sistemático da escassez hídrica no país.

A plataforma apresenta a condição da seca ocorrida no mês anterior e subsidia as políticas públicas de enfrentamento em cada Estado. Todo mês é produzido um mapa, em escala regional, classificando a seca nas zonas monitoradas em seis categorias segundo o grau de severidade: ausente, fraca, moderada, grave, extrema e excepcional.

No mapa lançado em 18 de setembro, o Paraná apresenta a situação mais crítica dentre as 19 unidades da Federação monitoradas. Todo o território paranaense está sendo atingido, com os maiores percentuais de seca grave (61,14%) e extrema (8,60%).

Segundo o engenheiro hidrólogo e pesquisador do Simepar, Arlan Scortegagna, esta é a pior seca observada na Região do Alto Iguaçu desde que começou o monitoramento em 1931 em União da Vitória. “As ocorrências mais expressivas foram registradas em 1963, 1985-86 e 2006”, explica.

Por estar localizada na cabeceira da Bacia do Rio Iguaçu, a Região de Curitiba é muito dependente da água dos reservatórios Passaúna, Iraí, Piraquara I e II. Devido aos baixos volumes disponíveis para abastecimento, o Simepar e o IAT propuseram aumentar o grau de severidade da classificação de grave para extrema. Já na faixa central do Estado – que vai do Oeste até o Litoral – a situação é classificada como grave. No extremo Norte, no Sul e no Sudoeste, a seca relativa é moderada.

Para acessar a tabela da severidade da seca e seus impactos, CLIQUE AQUI

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