Após um duro período de grande estiagem, o mês de janeiro, historicamente já caracterizado por ser um mês chuvoso, trouxe um alento, com um volume de chuvas maior que a média histórica e significativamente maior do que no ano passado.

Segundo o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a precipitação acumulada em oito pontos diferentes do Estado foi de 2.748,6 milímetros (mm), um índice 151% superior ao mesmo período de 2020, com 1.094,2 mm de chuvas. Em relação à média, o aumento foi de 67%, com 343,5 mm em janeiro de 2021, contra um histórico de 205,7 mm. O levantamento leva em consideração as regionais de Paranaguá, Curitiba, Ponta Grossa, Guarapuava, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu.

“Choveu muito no Paraná por inteiro, em algumas localidades bem acima da média histórica. O principal fator foi o fluxo de umidade no canal da Amazônia para o Sul o País. Janeiro normalmente já é úmido e quente, com essa atividade ficou com ainda mais umidade e calor, resultando em chuvas diárias”, explicou o meteorologista do Simepar, Reinaldo Kneib.

Em Curitiba, os registros apontaram precipitação de 194,6 mm, pouco acima da média histórica, de 185 mm. “As chuvas foram boas em sua totalidade, já que atingimos a média histórica e a previsão era de que pudesse ficar um pouco abaixo. Isso ajuda na recuperação dos reservatórios, principalmente na Região Metropolitana de Curitiba”, disse o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky. “A capacidade dos reservatórios está em torno de 47%. Nossa previsão é chegar ao fim do mês de março com 60%. Aí sim poderemos rediscutir a estratégia de rodízio”, completou.

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