O mês de maio teve um aumento no volume de chuvas nas áreas em que a estiagem está mais severa no Paraná. Entretanto, a Região Metropolitana de Curitiba, Litoral e alguns pontos do Noroeste seguem severamente afetados. De acordo com o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná), choveu dentro da média histórica ou acima dela em boa parte do Estado. Regiões como o Oeste e Sudoeste conseguiram compensar em parte a seca que marcou o primeiro quadrimestre do ano. Em Toledo, por exemplo, a precipitação acumulada foi de 223 milímetros, para uma média histórica de 176 mm. Foz do Iguaçu registrou 131 mm, 3 mm acima da meta. Já em Francisco Beltrão choveu 241 mm (média de 180 mm) e em Pato Branco 158 mm (média de 160 mm). “Comparado com os outros meses, o resultado foi satisfatório. O que anima também é que a primeira quinzena de junho deve ser chuvosa também”, afirmou o meteorologista do Simepar, Samuel Braun. “A seca é muito grave, então o problema só será resolvido no longo prazo, com o acúmulo de chuvas”, alertou.

Em compensação, Curitiba teve apenas 21 mm, muito abaixo do total esperado do mês, de 82 mm. Em Paranaguá, o índice foi ainda mais reduzido, com precipitação de 17 mm para uma média histórica de 127 mm. “É uma anomalia bem grande mesmo e em um período em que tradicionalmente se chove menos como o outono e o inverno”, destacou o pesquisador. 

O cenário mantém em pé o decreto de emergência hídrica, estabelecido no início de maio e que tem validade de 180 dias. Segundo a Sanepar, o sistema de rodízio na distribuição da água segue mantido. “É fundamental que as pessoas entendam que esse rodízio vai continuar por muito tempo, não há previsão de que acabe antes de setembro ou outubro, porque a estiagem é gigantesca”, afirmou o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Julio Gonchorosky. “Mais fundamental ainda é a consciência da população. Os rodízios e captações emergenciais não são suficientes se não houver economia, uso racional e zero desperdício”, acrescentou.

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