A cidade de Colombo tem se tornado uma referência em relação aos eventos esportivos e culturais. Só em 2019, foram mais de 190 competições sediadas no município, além de grandiosos evento e projetos como o Festival de Teatro e Artes de Colombo, a Mostra de Dança e o cursinho pré-vestibular Preparando para o Futuro. Grande parte dessas ações teve por trás o trabalho da Prefeitura Municipal, através da Semec, a Secretaria de Esporte, Cultura, Lazer e Juventude, liderada por Paulo Cesar Cardoso, o Paulinho, desde 2018, quando subiu do departamento de Esportes para comandar a secretaria. Para falar sobre o trabalho recente desta pasta, o Jornal de Colombo entrevistou o secretário na sede da Semec, com exclusividade: 

Jornal de Colombo – Primeiramente, aproveitando o ano novo, eu queria que você fizesse um balanço de 2019. Como você avalia a sua gestão à frente da Semec no último ano? 

Paulo Cesar – O ano de 2019 foi muito importante para a Semec pelas diversas atividades e conquistas. Tivemos mais de 190 eventos da secretaria, e também em parceria com entidades públicas e particulares. E essas parcerias são muito importantes, porque a secretaria não consegue abranger um número desses. Teve final de semana em que tivemos oito eventos esportivos e culturais na cidade. Nós conseguimos dar uma alavancada na parte da Cultura, com festival de teatro, música, dança. Foi muito bacana. E na parte do esporte tivemos eventos em diversas modalidades. Quase todas as modalidades foram agraciadas, até mesmo off-road. Tivemos um evento do gênero com quase dez mil pessoas no Parque da Uva. Também tivemos a Casa do Noel, em que mais de 50 mil pessoas visitaram durante todos os dias, com apresentações culturais. Sem dúvidas foi um ano muito marcante. Agradecemos a todos os funcionários que fizeram parte disso. Além das conquistas: Campeão brasileiro, paranaense no Atletismo. diversos atletas do projeto Atletismo por um Futuro Melhor brilhando. Nosso futsal feminino sendo vice-campeão brasileiro em São Paulo. Jogos Abertos, Jogos da Juventude, as equipes de base da Prefeitura, as escolinhas esportivas que movimentam cerca de mil crianças durante o ano em diversas modalidades. Enfim, temos avançado muito no esporte. Tivemos a reforma de todos os ginásios. Quando assumimos nós reformamos, mas agora estamos fazendo uma renovação mais ampla. Trocando os pisos com uma pintura epóxi, que aguenta cerca de dez anos sem precisar pintar, que a maioria dos ginásios estão usando. Estamos colocando placar eletrônico nos ginásios. Só falta o do Guaraituba que já deve começar a reforma dentro de um mês. Temos parceria com a Liga de Futebol também. Temos as aulas de ginástica, em que mais de 700 mulheres participam. É algo que traz um benefício muito grande para a população. Investir em esporte é reduzir os gastos em saúde, por exemplo. Tem sido muito gratificante trabalhar e ver os resultados aparecerem.  

JC – O esporte fomenta saúde e qualidade de vida. A cultura fomenta o turismo. A juventude é necessária para a educação e o mercado de trabalho. Ou seja, a Semec cuida de áreas que de alguma forma estão ligadas com outras secretarias. De que forma a Semec trabalha junto às demais pastas do município? 

PC – Temos um bom relacionamento com todos, afinal, dependemos de alguma forma de todas as secretarias. Desde a secretarias de Obras, de Meio Ambiente, de Planejamento, de Administração, enfim. Todas as secretarias tem parceria no trabalho. Só temos a agradecer a todos os secretários pelo apoio que nos dão. Temos trabalhado bastante com essas parcerias e eles têm nos apoiado. 

JC – Quais foram as principais ações da Semec em relação ao Departamento de Juventude? 

PC – Hoje temos um grande trabalho com a juventude, através do Passe Escolar, com o Cursinho Pré-Vestibular, o Encceja. No final do ano tivemos a formatura das escolas estaduais que foi um sucesso (Projeto Formando o Futuro). No primeiro ano foram quatro escolas, agora foram oito. Então, a cada ano estamos aumentando a abrangência desse trabalho. E em 2020 a perspectiva é aumentar os projetos. Já passamos aos funcionários que será um ano de bastante trabalho. 

JC – Colombo tem algumas equipes de alto rendimento, como no futsal, no atletismo, e há planos de que outros esportes tenham um representante do município em grandes competições. Qual a importância de ter Colombo representada nessas modalidades tão populares? 

PC – Temos equipe de voleibol e basquete também, já. Temos o projeto Basquete 1000, da professora Karin Castanheira, que atende cerca de 600 crianças, por exemplo. Temos equipe de voleibol, futsal, atletismo, karatê, ciclismo. Várias equipes de alto rendimento. Voltamos com uma parceria agora com a Fundação Nadar, para as equipes de natação que irão disputar Jogos Abertos e da Juventude. As coisas estão caminhando nesse sentido. Sabemos que o orçamento do esporte é mais reduzido por conta das prioridades. Mas a prefeita Beti tem feito o possível e o impossível para que consigamos fazer os projetos. E é importante por elevar o nome do município, além de dar oportunidade para esses atletas se destacarem e, quem sabe, serem profissionais no futuro. Hoje temos mais de cem atletas que recebem o Bolsa Atleta, que é uma ajuda de custo da Prefeitura, para que esses atletas se mantenham estudando e praticando esportes. E através disso, eles conseguem também a bolsa estadual e federal.  

JC – No ano passado, houve uma informação sobre a possibilidade da construção de um estádio em Colombo, com estrutura profissional. Esses planos realmente existem? 

PC – Existe, sim. Estamos correndo atrás de verbas através de um deputado federal, para que possamos fazer um estádio modelo, central. O futebol de Colombo é muito forte e precisamos avançar nisso. Nós já reformamos todos os ginásios, instalamos arenas de gramado sintético em alguns bairros e precisamos agora dar uma ajustada nos estádios municipais. Eu acredito que a partir de fevereiro já teremos o início de algumas reformas. Mas essa questão de ter um estádio modelo, nós já até escolhemos o local, que será o Lordes Geraldo, no Rio Verde. Pretendemos fazer uma reforma ampla, nas arquibancadas, nos vestiários, dar uma estrutura melhor não apenas para os atletas mas também para quem prestigia o futebol colombense.  

JC – Neste ano que passou Colombo teve alguns eventos culturais inéditos e grandiosos, como o Festival de Teatro, Mostra de Dança, exposições na Casa da Cultura, eventos diversos no Ceu das Artes. Como fazer de Colombo um pólo cultural independente da capital, diferente da maioria das cidades da Região Metropolitana? 

PC – Quando assumi, nunca escondi que a cultura não era minha praia. Vim do futebol, fui jogador profissional e sempre fui envolvido com o futebol e com o esporte em geral. Estou nisso há 24 anos. Então, quando peguei a Semec eu procurei escutar muito os grupos culturais, as pessoas envolvidas e a equipe do departamento de Cultura. Nós conseguimos dar uma guinada nisso através de várias parcerias, como a que fizemos com a Coacol (Coletivo de Ação Cultural de Colombo), com a Escola Pavilhão das Artes, com as escolas municipais e fizemos festivais variados. Tivemos o FEAC (Festival de Artes Cênicas), que foi um sucesso. Dez dias de festival e foi muito bacana. Na dança, na música, o parque do Noel, entre outros. Em 2020 a tendência é que façamos muito mais, porque o universo da cultura é enorme. Temos o CEU das Artes que tem sido um grande apoio, onde há aulas de teatro. A ideia é ampliar esses serviços cada vez mais e fazer de 2020 um ano em que a Cultura de Colombo dê um pulo muito grande.  

JC – 2020 é o último ano dessa gestão à frente da Semec. Quais são os objetivos da secretaria para esse ano e que legados essa gestão deixa para o próximo exercício? 

PC – Esse ano de 2020 nós queremos fazer muito mais do que 2019, o que é difícil, já que fizemos muitas coisas no ano passado. Mas queremos melhorar. Entregar um legado em que todas as áreas esportivas do município estejam em condição de uso. Todos os ginásios, por exemplo, vão estar com pintura epóxi, iluminação de led, placares eletrônicos, enfim, bem estruturados. Vamos deixar uma estrutura mais moderna, melhor, para quem pegar a secretaria poder pensar apenas nas atividades e na manutenção, e não em reformas amplas como nós tivemos que fazer. Nós gastamos muito um dinheiro que poderia ser usado em outras ações. Quando assumimos a estrutura estava defasada e fizemos todo um investimento nisso, que é algo notório, qualquer um vê a diferença. E nosso legado é deixar também esses projetos grandes no atletismo, no futsal, no basquete. Quem entrar e sentar nessa cadeira, tenha a visão de que isso não é partidário. São necessidades, é uma questão de esporte, de projeto. É um legado da cidade, não um projeto de fulano. Que quem assuma veja a importância do que foi feito e dê continuidade nas coisas boas que deram resultado para nossa cidade.  

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