No final do mês de setembro, o curitibano Carlos Cavichiolo, de 64 anos, foi eleito o novo presidente do Santa Mônica Clube de Campo, assumindo a posição ocupada nos últimos três anos por Gilberto Foltran. Cavichiolo trabalhou em duas multinacionais, é formado na Escola Técnica Federal do Paraná em Eletrônica e pós-graduado em Administração com foco em Processos Gerenciais e também em Gestão Comercial, Planejamento e Estratégia. O novo mandatário é associado do Santa Mônica desde 1979 e recebeu a reportagem do Jornal de Colombo na última sexta-feira, 9 de outubro, para uma entrevista exclusiva:
Jornal de Colombo – Na última gestão presidida por Gilberto Foltran, você foi o Diretor Social e Cultural do Clube. Qual sua avaliação desse período?
Carlos Cavichiolo – Foi um período bom, porque eu aprendi a conhecer o Clube por uma ótica da diretoria. Até então, eu não havia participado de nenhuma diretoria. Sempre usufrui do Clube como associado e aproveitei muito bem o clube. Quando eu entrei na parte Social e Cultural, passei a conhecer essa questão. Como eu vim da parte de serviços, e o Social e Cultural é basicamente serviço, eu consegui me entrosar perfeitamente com os gerentes dessas áreas e conseguimos fazer um trabalho bem legal. Logicamente, com a dificuldade financeira, não pudemos trazer nenhuma atração fantástica, mas tivemos muitas atividades que pudemos participar, como a Festa Junina, a Festa do Dia das Crianças, a parte dos escoteiros em que há os Jogos da Fraternidade, em que reunimos mais de 3 mil pessoas. Só que eu sou uma pessoa impaciente em relação à parte administrativa. Quando iniciamos o trabalho, lançamos alguns bailes que acabavam não lotando como gostaríamos. E não chegamos a uma conclusão da razão disso. Então, resolvemos fazer uma pesquisa de satisfação na área social. E quando fiz essa proposta dentro da Diretoria, todas as diretorias viram que seria bom aproveitar essa pesquisa para entender o que estava acontecendo em cada área. Com o aval do presidente Foltran, fizemos uma pesquisa ampla dentro do Clube. Contratamos uma empresa, fizemos a pesquisa em 2018 e foi uma pesquisa muito bem feita, com tudo que era possível de informação sobre o Clube. Confirmou muita coisa que a gente sabia, porém trouxe muita coisa nova. Como o volume de informação foi muito grande, decidimos fazer um planejamento estratégico em cima disso. Em 2019, fizemos o planejamento estratégico focando em todas as atividades e pendências que nós tínhamos. O planejamento ficou pronto em 2020 e estávamos começando a implementar as tarefas para alcançar os objetivos e aí veio a pandemia, que acabou atrasando um pouco nosso projeto. A nossa ideia é retomar essa parte e voltar a esse processo pois sabemos que esse é o caminho. Esse planejamento foi feito buscando um objetivo para 2030 e não para três anos de gestão.
JC – A pandemia trouxe alguns problemas pontuais ao Clube, como o fechamento das atividades e a inadimplência. Como você projeta os próximos meses do Clube nesta situação de pandemia que ainda vivemos?
CC – Nós temos dois caminhos a seguir. O primeiro deles é buscar planejamento e projetos para a recuperação financeira do Clube. Essa recuperação tem duas áreas. Uma é a TMD (Taxa de Manutenção e Desenvolvimento), que o sócio tem que pagar todos os meses para poder frequentar o Clube, afinal de contas, ele é o dono do Clube. A outra são as receitas que nós temos das Diretorias: que é a cessão de Salão, a academia, venda de curso de churrasco, curso de vinho. E isso, infelizmente, paralisou. E não é pouco dinheiro. Contando todas essas atividades dá em torno dos R$ 400 mil. E isso nós perdemos e não vamos recuperar até junho do ano que vem, acredito. O que nós estamos fazendo: um planejamento para retomar aquele sócio que ficou inadimplente e segundo, uma promoção de venda de novos títulos. Mas principalmente focando no próprio sócio do Clube. O sócio vai indicar uma pessoa, a pessoa assinou o título, e quem indicou vai ganhar uma bonificação. O segundo passo, que é um pouco mais complexo, é a retomada do planejamento estratégico, que está prevista para novembro. Vamos fazer a revisão desse planejamento e colocar planos para recuperar o Clube.
JC – A chapa vencedora das eleições teve 55% dos votos. De que forma você analisa a disputa eleitoral e o resultado?
CC – Essa eleição foi um pouco diferente das demais. Para se ter uma ideia, a eleição anterior teve apenas uma chapa. Nesta, tivemos três chapas. Foi apenas a segunda vez que isso aconteceu. E isso provocou uma movimentação muito maior dentro do Clube. VocÊ tinha três forças trabalhando para vencer a eleição. Felizmente, a nossa gestão, com o Foltran, foi muito bem feita. Pudemos mostrar para o associado tudo aquilo que fizemos, e mostramos que nós trabalhamos para poder projetar o clube para o futuro. Essa foi a nossa linha. A linha da oposição foi um pouco mais combativa, de mostrar mais o que estava errado e não mostraram muitos projetos. Se preocuparam muito em mostrar as falhas da gestão que estava acontecendo. Mas o sócio soube fazer a comparação e nos deu essa vitória que foi expressiva, pelo fato de termos três chapas. E teve o agravante de ter sido uma campanha extremamente extensa, que começou em fevereiro e foi até setembro*. Foi desgastante, porque às vezes aconteciam alguns comentários que não eram verdade e acabam ofendendo as pessoas. Mas o resultado foi muito importante pois nos dá credibilidade para tocar o Clube.
* Nota: a Eleição estava marcada originalmente para o dia 22 de março, mas por conta da pandemia, teve de ser adiada até o momento em que foi possível realizar o pleito dentro das medidas sanitárias estabelecidas no município.
JC – O Santa Mônica é um dos maiores clubes sociais da América Latina. Como você encara o desafio de estar à frente do Clube nos próximos três anos?
CC – É um desafio muito grande. Quando comecei como Diretor Social e Cultural, nem pensava em ser candidato. Mas depois de todos os fatos que aconteceram durante a gestão, de ter liderado alguns projetos importantes, fui “espetado” com a ideia pelo presidente Foltran, e agradeço a ele por isso. E neste período, o que eu mais pensava era em como eu ia encarar isso. Eu adoro o Clube e sei do tamanho dele. Estamos falando de perto de 30 mil pessoas. Isso é uma cidade. Por isso, inclusive, fiz uma pós-graduação na área de gestão para adquirir ainda mais experiência e conhecimento. A vantagem que existe é que trabalhamos na Diretoria com 23 pessoas, contando o presidente, e tive a felicidade de escolher estas 22 pessoas de uma forma muito tranquila e consciente. Não trouxe ninguém para a diretoria que não tivesse no mínimo experiência. São pessoas que conhecem o clube, que são experientes e que são da área em que estão inseridos. Isso vai tornar muito mais fácil a administração do Clube. Minha responsabilidade é fazer com que essa equipe continue motivada e coesa.
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