Serviços e indústria impulsionam o crescimento do PIB, enquanto agropecuária sofre queda devido a fatores climáticos.

 

A economia brasileira registrou um crescimento de 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021, conforme divulgado nesta sexta-feira (7) pelo IBGE. O Produto Interno Bruto (PIB) chegou a R$ 11,7 trilhões, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e indústria, enquanto a agropecuária apresentou recuo.

No último trimestre de 2024, o PIB teve uma variação de apenas 0,2%, indicando estabilidade. Fonte: IBGE

O Brasil manteve a trajetória de crescimento pelo quarto ano consecutivo, registrando uma expansão de 3,4% no PIB em 2024. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o resultado reflete um cenário positivo para a economia nacional, apesar dos desafios enfrentados por alguns setores.

Os segmentos de serviços e indústria foram os principais motores desse crescimento, apresentando altas de 3,7% e 3,3%, respectivamente, em relação a 2023. Já a agropecuária sofreu um recuo de 3,2%, impactada por condições climáticas adversas que afetaram culturas como soja (-4,6%) e milho (-12,5%).

DESEMPENHO DOS SETORES ECONÔMICOS

Na análise pelo lado da produção, três segmentos foram responsáveis por cerca de metade do crescimento do PIB em 2024:

  • Outras atividades de serviços (+5,3%)
  • Indústria de transformação (+3,8%)
  • Comércio (+3,8%)

Na indústria, um dos destaques foi a construção civil, que registrou alta de 4,3% no ano.

CONSUMO E INVESTIMENTOS EM ALTA

Do lado da demanda, o consumo das famílias teve um avanço expressivo de 4,8%, impulsionado por fatores como programas de transferência de renda, crescimento do mercado de trabalho e redução da taxa média de juros, que caiu de 13% a.a. em 2023 para 10,9% a.a. em 2024.

O Brasil encerrou o ano com taxa de desemprego de 6,6%, a menor já registrada. Além disso, os investimentos (medidos pela Formação Bruta de Capital Fixo – FBCF) cresceram 7,3%, um avanço significativo, embora com menor impacto no cálculo do PIB.

As importações tiveram alta de 14,7%, enquanto as exportações cresceram 2,9%. Já o consumo do governo aumentou 1,9% no período.

QUARTO TRIMESTRE: CRESCIMENTO MODESTO

No último trimestre de 2024, o PIB teve uma variação de apenas 0,2%, indicando estabilidade. Segundo Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, esse resultado foi influenciado pela inflação mais alta e pelo aumento dos juros no período.

“No quarto trimestre, tivemos um crescimento dos investimentos, mas com queda no consumo das famílias. Isso porque houve uma aceleração da inflação, especialmente no setor de alimentos”, explicou Palis.

Outro fator que impactou o desempenho no final do ano foi a política monetária do Banco Central, que elevou os juros a partir de setembro, reduzindo o ritmo de crescimento econômico.

O PIB per capita – indicador que divide o PIB total pelo número de habitantes – atingiu R$ 55.247,45, um crescimento real de 3% em relação a 2023.

 

Fonte: Agência Brasil

Compartilhe nas Redes Sociais: