Celebrado em 30 de maio, o Dia Mundial da Esclerose Múltipla é mais que uma data simbólica: é um chamado à empatia, à conscientização e à defesa de direitos. A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, autoimune e sem cura, que afeta mais de 2,8 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, são cerca de 40 mil casos. Apesar disso, o desconhecimento sobre a doença ainda é grande, alimentando o preconceito e o isolamento dos pacientes.

Caracterizada por sintomas variáveis e muitas vezes invisíveis — como fadiga intensa, alterações na visão, dificuldades motoras e cognitivas — a EM impacta a vida cotidiana de forma profunda. No entanto, com diagnóstico precoce, tratamento adequado e apoio contínuo, é possível viver com qualidade. O problema é que a falta de informação e o estigma dificultam o acesso ao cuidado e ao acolhimento.

A sociedade precisa romper o silêncio que cerca a esclerose múltipla e enxergar essas pessoas não apenas como pacientes, mas como cidadãos com direitos à saúde, mobilidade, trabalho e dignidade. Isso exige capacitação de profissionais da saúde, fortalecimento de políticas públicas e ambientes acessíveis. É igualmente importante ampliar o apoio às famílias, que têm papel essencial no cuidado diário.

Neste dia, é essencial dar voz às pessoas que convivem com a esclerose múltipla, valorizar suas histórias e reforçar a importância da pesquisa, da inclusão e das redes de apoio. A campanha global “Conexões EM” (2024-2025) tem esse objetivo: aproximar pacientes, profissionais de saúde, familiares e sociedade, promovendo compreensão e solidariedade.

A conscientização é o caminho para o respeito. Que este 30 de maio sirva como um lembrete: ninguém deve enfrentar a esclerose múltipla sozinho. Informar é um ato de cuidado — e o primeiro passo para incluir.

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