Comemorado nesta quinta-feira (8), o Dia Internacional da Cruz Vermelha reforça, todos os anos, o papel essencial da instituição de 197 anos no cuidado com o próximo. Mais do que uma data simbólica, é um convite à reflexão sobre o valor da ajuda humanitária e a importância de quem escolhe dedicar tempo, talento e empatia a causas coletivas. Diante disso, a dúvida sobre o impacto real do voluntariado para o hospital fez o Jornal de Colombo procurar a Cruz Vermelha do Paraná para refletir sobre o tema.
No dia 5 de abril, a Cruz Vermelha Paraná organizou, com apoio do Instituto O Amor Chama (IAOC) e de voluntários da região, a Feira de Qualidade de Vida, no Colégio da Comunidade Belo Rincão, em Colombo. A atividade reuniu mais de 100 pessoas e levou atendimento gratuito, orientação em saúde e bem-estar, além de serviços sociais à população local, conforme relataram Eliana Reynaldo, diretora de voluntariado, e Maria Eugênia Bida, coordenadora de voluntariado da instituição.
Em entrevista na última segunda-feira (5), elas compartilharam os bastidores da ação e a força de quem está por trás dela: os voluntários.
“É por meio do voluntariado que conseguimos chegar às comunidades com escuta ativa, acolhimento, orientação e apoio, seja com ações emergenciais ou contínuas”, opinou Eliana.
“Cada voluntário representa um elo de ligação entre a Cruz Vermelha e as necessidades reais da população, fortalecendo o impacto de cada projeto”, completou Maria Eugênia.
A atividade levou à comunidade um circuito com os “oito remédios naturais” — água, alimentação saudável, exercício físico, ar puro, luz solar, temperança, descanso e confiança. Além disso, foram oferecidos serviços como teste visual, assessoria jurídica, corte de cabelo, manicure, maquiagem artística, brincadeiras e uma apresentação de coral, que emocionou quem participou do encerramento.
Segundo as entrevistadas, o ponto mais marcante da ação foi justamente a dedicação dos voluntários.
“O trabalho com a comunidade é sempre o destaque, mas tivemos momentos especiais com os Desbravadores, o curso de culinária saudável e a possibilidade de matrículas para o clube de crianças”, relatou Eliana.
DESEJA SER VOLUNTÁRIO DA CRUZ VERMELHA PARANÁ?
Segundo Eliana e Maria Eugênia, o primeiro passo para quem deseja se tornar voluntário da Cruz Vermelha é realizar o Curso Básico de Formação Institucional, que apresenta a história, os princípios e o papel da organização. Depois disso, são oferecidos cursos como Primeiros Socorros, Atendimento Psicossocial, Saúde em Emergências, entre outros.
“Elaboramos uma trilha de formação que prepara o voluntário para atuar em diferentes frentes, desde mutirões de saúde, feiras comunitárias e costura solidária até ações emergenciais em catástrofes, que exigem resposta rápida e preparo técnico”, explicou Maria Eugênia.
Mas nem só quem atua diretamente é capaz de transformar realidades. A comunidade também pode apoiar a Cruz Vermelha por meio de doações, parcerias institucionais ou incentivos fiscais.
“Somos um hospital filantrópico. Atendemos mais de 60% de pacientes pelo SUS e temos projetos aprovados para receber doações via isenção do Imposto de Renda, como o ‘Hospital da Cruz Vermelha e os Cuidados Paliativos’, cadastrado no CMDPI (Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa)”, completou.
A CRUZ VERMELHA E SUA MISSÃO HUMANITÁRIA: VISIBILIDADE E RECONHECIMENTO
A atuação da Cruz Vermelha é guiada por princípios claros e uma missão que ultrapassa fronteiras.
“A Cruz Vermelha tem por missão prevenir e atenuar o sofrimento humano em todas as circunstâncias, sem distinções de raça, religião ou condição social”, afirmou Eliana.
De acordo com a diretora, os trabalhos seguem os sete princípios fundamentais: humanidade, imparcialidade, neutralidade, independência, voluntariado, unidade e universalidade.
Hoje, na Região Metropolitana de Curitiba, as ações da entidade passam por feiras de saúde, mutirões, formações em primeiros socorros e capacitações em ajuda humanitária, sempre com o envolvimento ativo da comunidade.
“Queremos proteger a vida, promover saúde e fazer respeitar a dignidade humana — especialmente em tempos difíceis”, ressaltou.
Datas como o Dia da Cruz Vermelha são, na opinião das entrevistadas, fundamentais para ampliar a consciência pública sobre o trabalho realizado pela instituição e inspirar mais pessoas a se engajarem.
“É uma oportunidade de valorizar nossos voluntários e dar visibilidade ao trabalho que realizamos diariamente”, finalizou Maria Eugênia.
“Essas datas reforçam os princípios humanitários que guiam nossa atuação e incentivam o envolvimento da população por meio do voluntariado, das doações e das parcerias”, concluiu Eliana.
Veja imagens cedidas ao Jornal de Colombo do evento feito no dia 5 de abril, abaixo: