Por meio de uma Nota Técnica divulgada pelo Ministério da Saúde com apoio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 5 de janeiro, estima-se que no Paraná cerca de 1.075.294 crianças com idade entre 5 e 11 anos sejam vacinadas contra o coronavírus. A população dessa faixa etária foi incluída no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação, pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

De acordo com o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, o Estado está aguardando o recebimento das vacinas para dar inícioà imunização do público infantil. A previsão é que ainda no mês de janeiro, 3,7 milhões de doses sejam recebidas pelo Ministério da Saúde para serem enviadas aos estados, conforme a proporção da população dessa faixa etária. Porém, seriam necessárias 40 milhões de doses para contemplar as 20 milhões de crianças no Brasil.

“O Paraná deve receber cerca de 185 mil doses nessa primeira remessa e vamos fazer a vacinação acontecer, da mesma forma que fizemos ao longo do ano passado”, declarou Beto Preto. “Mais uma vez o Paraná fará uma grande campanha de vacinação. É importante que as pessoas deixem de lado as informações falsas que circulam e vacinem seus filhos”, ressaltou o secretário, em alusão ao espalhamento de fake news e a opinião dividida do governo federal.

A Sociedade Brasileira de Pediatria defende a imunização do público infantil. Em um estudo publicado em 28 de dezembro de 2021, a aplicação do imunizante nas crianças foi defendida por médicos com justificativas éticas, epidemiológicas, sanitárias e de saúde pública. Contudo, a exigência de uma prescrição médica para a vacinação dos pequenos não será obrigatória, conforme foi discutido por membros do governo durante as últimas semanas.

“Já tínhamos essa postura de não exigir a prescrição médica. Vamos proceder a vacinação contra a Covid-19 nas crianças da mesma forma que fizemos com os adolescentes, com a autorização dos pais”, alegou Beto Preto. “É importante esclarecer que a vacina da Pfizer, que foi autorizada pela Anvisa, é segura e nós precisamos vacinar os paranaenses de 5 a 11 anos de idade, principalmente com a chegada variante Ômicron. Apesar de não termos registros oficiais, há probabilidade de que ela esteja circulando”.

Segundo a Nota Técnica, a vacinação das crianças vai atender diretrizes semelhantes aos demais públicos, começando pelas pessoas com comorbidades ou deficiência permanente, passando para os povos indígenas e quilombolas, as crianças que vivem em lares com pessoas com alto risco para evolução grave de Covid-19 e, finalmente, a aplicação em ordem decrescente de idade: iniciando pelos 11 anos até chegar aos 5 anos.

O processo de aprovação de imunizantes é regulado pela Anvisa, órgão responsável pela aprovação de todas as vacinas aplicadas no país. Até chegar ao braço das pessoas, um imunizante passa por vários ensaios clínicos submetidos ao Dossiê de Desenvolvimento Clínico de Medicamentos (DDCM), com o objetivo de divulgar estudos capazes de assegurar que uma vacina é capaz de proteger uma pessoa com o mínimo de reações adversas.

Fonte – AEN 

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