Na última quarta-feira, 19 de agosto, foi comemorado o dia da fotografia e do historiador. Embora não pareça, o trabalho do historiador muitas vezes está intimamente ligado à fotografia. Afinal, é através das fotos e imagens tiradas desde a invenção das máquinas fotográficas, a partir do século XIX, que podemos reviver a história de inúmeros fatos passados. Em Colombo, não seria diferente. As primeiras imagens existentes do município foram feitas no início do século XX, e muitas delas têm em comum o fato de terem sido obras de Luigi Franceschi.

O italiano, que chegou ao Brasil em 1888, aos seis anos, fixou residência na Vila de Colombo, onde formou família tendo quinze filhos, incluindo o prefeito Vitório Manoel Franceschi, que dirigiu o município entre 1951 a 1954. Os registros mais antigos do fotógrafo, que passou a ser chamado de Luiz, datam de 1910 e contribuem com a manutenção da história da cidade. “A foto se configura como um documento histórico. É um registro de um momento da história e a escolha de registrar esse momento. Com esse acervo, temos vários momentos do início do século XX na nossa cidade, quando Colombo estava se desenvolvendo. Essas fotos ajudam a escrever nossa história, para conhecermos o início da cidade, desde a chegada dos imigrantes”, explica o historiador colombense Fábio Luiz Machioski.

Atualmente, com um celular nas mãos, todos nós podemos ao menos brincar de ser fotógrafo e de ser uma espécie de historiador do nosso próprio tempo, ainda que nossas selfies do Instagram não tenham o mesmo valor histórico. “As fotos antigas, de cem anos atrás, acabam tendo um valor documental maior do que uma foto feita hoje, não apenas pela idade, mas por essa raridade”, destaca Machioski.

Parte da história da documentação fotográfica de Colombo, assim como da história da formação de Colombo, pode ser acessada com mais detalhes no livro “Memórias de uma Colônia Italiana – Colombo – Paraná”, escrito por diversos autores no ano de 2013. A obra está disponível para compra no Museu Cristóforo Colombo, no Parque da Uva. A visitação ao museu está vedada por enquanto, mas é possível verificar a disponibilidade através do telefone 3656-6612.

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