Colombo entrega plano de ações para tornar a cidade Amiga do Idoso

A certificação Cidade Amiga do Idoso é um reconhecimento pelos trabalhos que promovem o envelhecimento ativo, saudável e sustentável da população acima de 60 anos.

“Recebemos o reconhecimento estadual e vamos entregar o nosso projeto para a OMS, para ter o reconhecimento internacional de Cidade Amiga do Idoso. Já trabalhamos com o acolhimento, espaços de convivência, atendimento médico, geração de renda, entre outros”, ressaltou o prefeito Helder Lazarotto.

“Este é o reconhecimento pelo trabalho que é realizado por todas as secretarias envolvidas e ao respeito que a gestão tem pelo idoso. Vamos continuar trabalhando com dedicação e seriedade, pois uma cidade deve ser vista por nós gestores, como extensão de nosso lar, com cuidado, acolhimento, acessibilidade, mobilidade”, completou o prefeito.

Segundo a secretária de Assistência Social, Elis Lazarotto, esta é mais um importante conquista para a cidade. “Estamos muito felizes, porque este título comprova que estamos no caminho certo. Com muito trabalho, dedicação e a colaboração de gestores que atuam nas demais secretarias da Prefeitura e dos nossos idosos, com certeza tornaremos o nosso município um lugar cada vez melhor para se viver, mais estruturado e acessível”.

Elis agradeceu todos os envolvidos na elaboração do plano. “Gratidão a toda nossa equipe pelo empenho diário para que nossa cidade fosse reconhecida como Amiga do Idoso”.

Também estiveram presentes na solenidade, a gestora do Serviço de Convivência de Colombo, Catarina Rielli Vieira, a diretora da Proteção Básica, Daniele Ferreira, representantes do Comitê Gestor da Cidade Amiga do Idoso, do Conselho Municipal do Idoso, de Instituições de Longa Permanência, da Pastoral do Idoso e de associações de moradores.

Para elaboração do Plano Municipal, a Secretaria de Assistência Social, contou com o apoio da Universidade Tecnológica Federal e gestores de Pato Branco, primeira cidade do Estado a receber o título da Organização Mundial da Saúde.

Foram realizados encontros com os grupos focais nas Instituições de Longa Permanência, nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos e Pastoral do Idoso, para diagnosticar as principais demandas e garantir um envelhecimento mais saudável à população.

Feito o diagnóstico, a equipe responsável elaborou o plano, que foi aprovado por unanimidade pelo Conselho Municipal da Pessoa Idosa e pela Câmara de Vereadores e incluído na plataforma da OMS.

Colombo conta com uma população estimada de 34.734 pessoas com idade acima de 60 anos. De acordo com o site da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o Programa Cidade Amiga do Idoso tem a finalidade de incentivar os municípios a adotarem medidas para o envelhecimento saudável, contribuindo para a qualidade de vida da pessoa idosa.

Desde 2008, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem certificado municípios que adaptam suas estruturas e serviços para que sejam acessíveis a idosos e promovam a inclusão dessa faixa da população.

O reconhecimento “Cidade Amiga do Idoso” é dado pela OMS para as cidades que estimulam o envelhecimento ativo ao otimizar oportunidades para saúde, participação e segurança, a fim de aumentar a qualidade de vida no envelhecimento, levando em conta as diferentes necessidades e capacidades do idoso.

Além de Colombo, outras dez cidades entregaram ao Governo do Estado o plano de adesão ao certificado, além de outros onze municípios que receberam a certificação na solenidade.

O grupo se junta a Pato Branco, na Região Sudoeste, primeira cidade do estado e terceira do país a receber o selo, ainda em 2018. Agora, das 18 cidades brasileiras que fazem parte da Rede Global de Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas, 12 são do Paraná, com a possibilidade de vermos esse número aumentar ainda mais nos próximos meses.

“A população está envelhecendo em razão do aumento da expectativa de vida e cada vez mais os agentes públicos precisam criar bons programas para amparar os nossos idosos”, disse. “Tudo isso tem sido construído nos últimos anos, e a agora é a consolidação desse trabalho com a chancela da OMS e da Opas”, ressaltou o governador.

Ariel Karolinski, coordenador da Unidade de Família, Gênero e Curso de Vida da Opas, ressaltou que iniciativa do Governo do Estado vai ao encontro do que prevê a estratégia da instituição para uma cidade amiga do idoso. “Os condomínios do idoso são um bom exemplo de política pública de um estado que olha para o futuro e busca melhorar a vida dessa população”, disse.

Segundo ele, a OMS instituiu, no ano passado, a Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030. “As cidades precisam se preparar para atender as necessidades dessas pessoas, com uma resposta multissetorial que envolvam setores como o transporte, moradia, educação, trabalho, saúde e assistência social”, ressaltou Karolinski.

“O envelhecimento é um dos maiores desafios que os gestores públicos vão enfrentar daqui para a frente. A mudança no perfil demográfico vai impactar em todas as políticas, e agora é a oportunidade para os municípios se prepararem para acolher as pessoas na medida que elas envelhecem”, salientou a deputada federal Leandre Dal Ponte, titular da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara dos Deputados.

O primeiro passo para pleitear o reconhecimento de Cidade Amiga do Idoso é a elaboração de um diagnóstico sobre a realidade do município, com as principais necessidades e ações voltadas a essa população.

O Paraná conta com uma metodologia própria de diagnóstico, desenvolvida pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), em conjunto com as universidades estaduais e outras instituições, e baseada nos guias globais de Cidade Amiga do Idoso e das Cidades Amigas das Pessoas Idosas, da OMS.

A abordagem leva em conta as oito dimensões propostas pela OMS: Ambiente físico; Transporte e Mobilidade Urbana; Moradia; Participação; Respeito e Inclusão Social; Comunicação e Informação; Oportunidades de Aprendizagem; Saúde, Apoio e Cuidado.

Entre os principais desafios, estão: que os municípios contem com uma infraestrutura acessível, espaços para pessoas de todas as idades, políticas para o envelhecimento saudável, educação e cultura que incluam a pessoa idosa.

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Redação JC

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