Além do convênio celebrado entre a União e o Estado do Paraná, o governador Ratinho Junior e o presidente da República Jair Bolsonaro também participaram da inauguração da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Bedim, em Renascença. O empreendimento, erguido na junção dos rios Santana e Marmeleiro, tem capacidade para a produção de 6 Megawatts (MW) de energia – potência suficiente para abastecer até 12.500 residências.
Segundo o governador, o Paraná está trabalhando para agilizar a instalação de pequenas usinas e que dezenas de empreendimentos foram liberados desde 2019. “Essa PCH tem uma importância simbólica. Em duas décadas eram 21 PCHs liberadas no Paraná. Em um pouco mais de um ano e meio, mais de 40. Esse é modelo de geração de energia do Brasil”, disse Ratinho Junior. “O segredo é ter uma equipe afinada, com o compromisso de ser eficiente e dar velocidade ao processo sem deixar de ser rígido com as exigências ambientais”, acrescentou.
Para Ratinho Junior a construção e instalação de PCHs, e também das chamadas Centrais Geradoras Hidrelétricas CGHs (barragens com menor capacidade de produção energética), são modelos eficientes de alavancar a retomada econômica do Estado no pós-Covid-19. “Setores como o de energia e construção civil são estratégicos para a geração de mão de obra. São investimentos que não dependem unicamente do poder público, a não ser nas decisões administrativas dos órgãos que fazem a regulamentação e o licenciamento”, afirmou.
Investimento
O projeto da PCH Bedim contou com apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que financiou aproximadamente 10% da obra – R$ 3 milhões de um total de R$ 27,9 milhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) colaborou R$ 19,3 milhões e o restante foi investimento de um consórcio de 10 agricultores da região. “É um dia histórico para o Sudoeste. Essas acelerações e desbravamento de PCHs no Estado significam mais energia, emprego e renda para os paranaenses”, destacou o secretário chefe da Casa Civil, Guto Silva.
Contrapartida ambiental
Como contrapartida à instalação dessas usinas, o Estado exige uma compensação ambiental. No caso de Renascença, a empresa responsável pelo empreendimento recuperou a mata ciliar com o plantio de 100 mil mudas de árvores nativas, criando uma nova área de proteção no local, e 30 mil alevinos (peixes recém-nascidos) foram soltos nos rios.
O presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (AbraPCH), Paulo Arbex, afirmou que o governador Ratinho Junior tem buscado criar mecanismos que ajudem na instalação de PCHs. “O que antigamente levava oito, dez anos, agora está muito mais ágil”, disse.