O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) terá dois representantes no Campeonato Mundial de Salvamento Aquático, que será realizado em Gold Coast, na Austrália, entre os dias 20 de agosto e 8 de setembro. Esta é a primeira vez que o estado tem participação na competição, com o subtenente Flávio Roberto Blum e o major Fabrício Frazatto dos Santos.
Blum, que competirá na categoria Masters, é o primeiro bombeiro militar paranaense a disputar o evento. Por sua vez, o major Frazatto será o primeiro árbitro brasileiro a atuar em uma edição do campeonato, que ocorre a cada dois anos. Além de atuar como árbitro, Frazatto, comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, no Litoral do Paraná, também viaja à Oceania como técnico da equipe brasileira.
“A nossa participação, além de inédita, é bastante importante pela oportunidade de aprendizado. A Austrália é a principal referência do mundo na prevenção de afogamentos, com um trabalho de educação que começa com as crianças pequenas”, destacou Frazatto. Ele ressalta a importância de conhecer as práticas australianas de salvamento aquático, bem como a estrutura e os equipamentos utilizados, com o objetivo de trazer esses conhecimentos para o Paraná.
O evento, além das competições esportivas, incluirá palestras sobre educação preventiva e políticas públicas, contando com a presença dos principais especialistas na área. Para o subtenente Blum, o intercâmbio de experiências e informações será fundamental para o aprimoramento das práticas de prevenção e salvamento no estado. “Competições são importantes porque mobilizam muita gente em prol de um objetivo: no nosso caso, salvar vidas”, afirmou Blum. Ele destacou que o treinamento e a dedicação necessários para competir em um evento dessa magnitude resultam em um maior preparo para os profissionais de salvamento.
O Lifesaving, como é conhecido o esporte, simula resgates em ambientes aquáticos, com provas que testam as habilidades dos participantes no mar e na piscina. As competições são divididas em categorias juvenil, aberta (sem limite de idade) e master, podendo ser disputadas entre clubes ou seleções nacionais. As provas envolvem resgates no mar com pranchas, transposição de piscina com bonecos simulando vítimas, corridas na areia e o uso de embarcações, entre outras modalidades.
Um dos desafios mais inusitados da competição é a “corrida às nadadeiras”, conhecida no Brasil como a dança das cadeiras. Nesta prova, os competidores correm para pegar uma das nadadeiras disponíveis na areia, sendo eliminados aqueles que não conseguirem pegar uma. No Mundial, as nadadeiras serão substituídas por bandeiras, aumentando ainda mais o grau de dificuldade da disputa.
O subtenente Blum competirá entre os dias 23 e 28 de agosto, levando na bagagem o desejo de representar bem o Paraná e, ao mesmo tempo, adquirir novas técnicas e estratégias que possam ser implementadas no Brasil. “Quero competir. Treinei para isso. Mas sei também que eu vou ganhar muita experiência, trazer novas técnicas e estratégias. Vou conversar com vários guarda-vidas do mundo inteiro, saber quais são as boas práticas de todo mundo e, se possível, agregar para o nosso estado”, finalizou Blum.
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