Editado em 01/04/2025, às 09h25min.
Protesto reuniu cerca de 6,5 mil pessoas e teve discursos de deputados federais
Manifestação reuniu lideranças políticas e sindicais na Avenida Paulista, mas público ficou abaixo das expectativas
A manifestação convocada por entidades e movimentos de esquerda neste domingo (30), em São Paulo, contra o projeto de anistia aos participantes dos “atos golpistas” de 8 de janeiro de 2023, teve adesão abaixo do esperado.
O ato foi organizado por organizações sociais como a Central de Movimentos Populares (CMP), os movimentos Brasil Popular e Povo Sem Medo, além de entidades sindicais como a CUT e a Apeoesp. Também participaram representantes de partidos políticos, como PT, PSOL, PCdoB e UP.
Os manifestantes se reuniram na Praça Oswaldo Cruz, no início da Avenida Paulista, e marcharam em direção ao 36º Distrito Policial, no Paraíso, onde funcionava o DOI-Codi, um dos principais centros de repressão da ditadura militar.
Tamanho do público e comparações com ato bolsonarista
O número de participantes foi estimado em 6.560 pessoas, segundo levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More in Common, com margem de erro de 12%. Já a Polícia Civil calculou um público de cerca de 5 mil pessoas.
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) discursou no carro de som e afirmou que o ato em São Paulo teria reunido mais pessoas do que a manifestação bolsonarista em Copacabana, no Rio de Janeiro, no último dia 16. No entanto, os mesmos pesquisadores apontaram que o protesto no Rio atingiu um pico de 18,3 mil pessoas, cerca de três vezes o público presente em São Paulo.
A Polícia Militar do Rio estimou que 400 mil pessoas participaram da manifestação bolsonarista em Copacabana, enquanto levantamento do Datafolha apontou 30 mil presentes.
PRESENÇA DE LIDERANÇAS POLÍTICAS E PALAVRAS DE ORDEM
Além de Boulos, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) também discursou e reforçou o pedido de “sem anistia” para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Entre as lideranças presentes, estavam a deputada federal Juliana Cardoso (PT-SP), a presidente do PSOL, Paula Coradi, e a vereadora Amanda Paschoal (PSOL).
Fonte: G1