APMP reúne lideranças e debate sobre os direitos das mulheres em situação de rua

O encontro reuniu representantes de diferentes esferas do Poder Público, trazendo para o debate chefes do Governo Estadual e de Governos Municipais, deputados, integrantes do Poder Judiciário, promotores, líderes e coordenadores de movimentos sociais ligados ao tema.

Na abertura do evento, foi apresentado um vídeo que contava o depoimento de quatro mulheres que vivem ou já viveram em situação de rua, evidenciando os desafios e as vulnerabilidades impostas às mulheres que se encontram nessas condições.

Segundo dados apresentados no encontro, existem hoje, somente em Curitiba e região, cerca de nove mil habitantes de rua, sendo que aproximadamente 15% dessa população é composta por mulheres, a maioria na faixa dos 18 aos 60 anos de idade.

Uma das palestrantes foi a historiadora Vanessa Lima, presidente da ONG Mãos Invisíveis, que apresentou o trabalho realizado pela instituição desde a sua fundação em 2017. Vanessa expôs os desafios que as mulheres em situação de rua enfrentam, relatando casos de violência e maus tratos, e cobrou uma atitude das autoridades para que políticas públicas efetivas sejam tomadas para atender essa população.

“Os números são importantes quando se pensa em política pública. Sabemos quantos gatos tem no Brasil, sabemos quantos cachorros existem, mas não sabemos qual é a população de rua. É inviável porque não temos como pensar em política pública porque não sabemos para quem é”, pontuou Vanessa.

De acordo com a líder da ONG, “uma pessoa em situação de rua custa R$ 6 mil por mês para o município, em Curitiba, vinculando todos os serviços necessários. Já o Moradia Primeiro, um projeto em que as pessoas atendidas recebem moradia, individual ou para família, mobiliada e com os principais utensílios para o início de sua residência, não chega a custar 3 mil reais por mês”.

Através das conversas promovidas no encontro, foram discutidos projetos e resoluções de leis que tratam sobre a aplicação dos direitos das mulheres de rua, além de também ter sido proposta a criação de um grupo de trabalho envolvendo a sociedade civil e representantes de instituições interessadas em discutir sobre o tema.

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Redação JC

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