É notório que os empresários estão mais exigentes com os perfis profissionais garimpados no mercado. As empresas buscam trabalhadores com um conjunto de competências fundamentadas nos mais diversos conhecimentos específicos, práticas abrangentes, indiferentes da função exercida, onde o trabalhador é um ativo da organização, o capital humano, gestor do seu conhecimento, gerente do próprio processo de aprendizagem, da construção da sua competência, procurando sempre se manter empregável desenvolvendo a empregabilidade a todo o tempo.
O perfil desejado pelo mundo do trabalho é que o trabalhador seja um profissional com objetivos, que saiba aonde quer chegar, invista em si mesmo, disposto a trabalhar arduamente. Que tenha boa rede de relacionamentos, saiba se relacionar bem com as pessoas, que participe ativamente em sua comunidade, saiba conviver com as diferenças, tenha bom convívio familiar, seja flexível e aceite novas maneiras de fazer as coisas; que tenha coragem para enfrentar mudanças, que saiba lidar com pressões, que tenha bom senso, que tenha intuição, que saiba solucionar rapidamente problemas e tomar decisões; que seja polivalente, que tenha bom nível cultural e seja ligado ao mundo e as suas tendências; que seja criativo, ético, curioso, tenha visão ampla, seja automotivado, tenha boa capacidade crítica, comprometido e responsabilidade.
Verifica-se que o mercado de trabalho se comporta como um elemento de exclusão social, quando se divulga a falsa notícia que tem emprego para todas as pessoas qualificadas, mas não tem profissionais qualificados no mercado de trabalho, mas isso não é verdade. Nota-se também que não passa de mero fator de transferências de responsabilidades social, aumentando a sensação de exclusão social, alimentada pela sua incompetência profissional, que não é absorvida pelo mercado de trabalho em plena metamorfose gerido pelo capitalismo em constantes ajustes no processo de produção alavancados pelos avanços tecnológicos, onde todos devem se especializar e estar atualizados continuamente para manter a sua empregabilidade ativa diante do cenário econômico volátil e o mundo do trabalho voraz pronto a excluir e engolir os desqualificados.
Marcelo Castilhos
Especialista em Administração de pessoas – UFPR