A ansiedade não chega gritando. Ela vai se instalando em detalhes que parecem bobos: a dificuldade para dormir, o cansaço que não passa, a falta de ar do nada, o pensamento acelerado. Às vezes, a gente nem percebe. Só sente que está difícil “dar conta”.
No dia a dia, a ansiedade pode aparecer quando o celular vibra e já sentimos o coração disparar. Quando o despertador toca e dá vontade de desaparecer. Quando o simples fato de ter que tomar uma decisão, por menor que seja, nos paralisa.
Ela se camufla de irritação, de pressa, de vontade de desistir. Às vezes, se disfarça de produtividade exagerada ou de uma necessidade constante de estar no controle. E o pior: a gente vai achando isso normal, como se viver em alerta fosse o único jeito possível.
Mas não é.
A ansiedade é uma resposta natural do corpo a situações de estresse. O problema é quando ela passa a dominar tudo. Quando não conseguimos mais relaxar, rir de verdade, respirar fundo. Quando o corpo começa a gritar em forma de dor no estômago, tensão muscular ou falta de ar, porque a mente já está sobrecarregada há muito tempo.
Falar sobre ansiedade no dia a dia é importante porque ainda existe muito julgamento. A famosa frase “é só não pensar nisso” só mostra o quanto a saúde mental ainda é vista com desconfiança. Como se fosse fraqueza. Como se fosse frescura.
Mas não é.
A ansiedade é real, é comum e precisa ser acolhida, não negada. Precisamos aprender a escutar nosso corpo, respeitar nossos limites e pedir ajuda quando necessário. Isso não nos torna fracos. Pelo contrário: reconhecer que algo não vai bem é um ato de coragem.
Se você anda se sentindo esgotada(o), sem energia, com o pensamento acelerado e o corpo cansado sem motivo aparente… pare. Respire. Você não está sozinha(o). E não precisa enfrentar isso calado.
Buscar apoio psicológico pode ser um passo transformador. E lembrar que cuidar da mente também é cuidar da vida.