“A mulher que aguenta tudo. A que cuida de todo mundo. A que não tem tempo nem pra chorar.
Talvez você conheça uma mulher assim. Talvez você seja essa mulher.”
Há muito tempo entendemos que ser forte significa não demonstrar fraqueza. Ser gentil é invalidar a si mesmo. Ser mulher é colocar os outros em primeiro lugar e, se ainda houver tempo, lembrar de si mesma.
Mas então chegou a conta. Quando ela chegou, não bateu para nos avisar. Ela surge no corpo, no sono, na ansiedade, em crises silenciosas que ninguém vê – mas que tomam conta por dentro.
Muitas mulheres vivem em modo de sobrevivência. Eles acordam como se estivessem no piloto automático, fazendo tudo o que “precisam fazer”, mas se sentindo perdidas. Aí vem a culpa: ‘Mas eu tenho tanto… por que estou me sentindo assim?’ É a culpa que vem de sentir, de querer parar, de precisar respirar.
A psicanálise nos diz que muitos dos nossos conflitos internos não surgiram agora. Elas se formaram lá atrás, na infância, nos relacionamentos familiares, nas exigências colocadas sobre nós (e nas exigências que fazemos de nós mesmos). A repetição é inconsciente. E cansaço também.
Mas há um jeito. E não começa com grandes mudanças. Começa com pequenos movimentos de consciência. Você pode dizer “não”. Há espaço para dizer “eu também preciso”. Tenha cuidado para lembrar que você não precisa fazer tudo para ser amado.
Saúde mental não é um luxo. É um direito. Mulheres que cuidam de si mesmas não são egoístas, elas são corajosas. Porque escolher cuidar de si mesmo muitas vezes significa quebrar gerações de silêncio.
Você não precisa ser forte o tempo todo. Você precisa ser você mesmo, com todos os seus sentimentos, com todo o seu ser. Isso já é poder demais.