A população do Paraná, atualmente com 11,44 milhões de habitantes, deve continuar crescendo até 2044, quando atingirá seu pico. A partir de 2027, o Estado ultrapassará a marca de 12 milhões de habitantes, conforme indicam as projeções mais recentes divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (22) e analisadas pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

As estimativas, baseadas nos dados do Censo 2022, preveem que em 2027 o Paraná terá 12,01 milhões de residentes, aproximadamente 570 mil a mais do que no último recenseamento. O auge do crescimento populacional estadual deve ocorrer em 2044, com 12,46 milhões de pessoas espalhadas pelos 399 municípios do Estado. Após este ano, o IBGE projeta uma redução no número geral de habitantes.

Crescimento populacional nacional desacelera

Em nível nacional, o crescimento populacional deve desacelerar até 2041, quando o Brasil atingirá seu valor máximo de 220,4 milhões de habitantes. A partir desse ponto, a população deve começar a diminuir, chegando a 199,2 milhões em 2070. Rio Grande do Sul e Alagoas devem ser os primeiros estados a apresentar redução populacional, já em 2027, enquanto Mato Grosso será o último a sofrer essa inflexão.

Envelhecimento da população

O envelhecimento populacional será um dos principais desafios no Paraná. Entre 2024 e 2070, a idade média dos paranaenses passará de 36,4 para 48 anos, com a proporção de idosos aumentando de 17% para 36,9%. Em 2024, o Estado terá cerca de 2,01 milhões de idosos, número que deverá mais do que dobrar até 2070, quando a estimativa aponta para 4,23 milhões de pessoas com 60 anos ou mais.

Além disso, a expectativa de vida dos paranaenses continuará a crescer. Para aqueles nascidos em 2000, era de 72,2 anos, subindo para 76,8 anos em 2024 e atingindo 83,9 anos para os nascidos em 2070, conforme as atuais projeções. Estes números refletem a melhoria das condições de vida e a boa estrutura de saúde no Estado.

Planejamento governamental e políticas públicas

Jorge Callado, presidente do Ipardes, destacou que esses dados serão fundamentais para o planejamento governamental e a elaboração de políticas públicas no Paraná. “O Governo do Estado está atento aos movimentos populacionais e já desenvolveu programas específicos, como o Condomínio do Idoso, voltado à crescente parcela da população de mais idade”, afirmou.

Redução no tamanho das famílias

O IBGE também analisou a taxa de fecundidade das mulheres brasileiras, indicando que, apesar da tendência nacional de redução iniciada na década de 1960, o Paraná ainda possui a maior taxa de fecundidade do Sul do Brasil, com uma média de 1,59 filho por mulher. Esta proporção é ligeiramente superior à média nacional de 1,57 filho por mulher.

A gerente de Estudos e Análises Demográficas do IBGE, Izabel Marri, ressaltou que as projeções populacionais são essenciais para o planejamento de políticas públicas voltadas para diferentes faixas etárias. Ela destacou que a redução na taxa de fecundidade é resultado de fatores como o aumento da urbanização, a entrada das mulheres no mercado de trabalho e a maior escolaridade feminina, além da popularização de métodos contraceptivos.

 

Fonte: AEN-PR

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