O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador da inflação do aluguel, desacelerou de 0,81% em junho para 0,61% em julho, conforme divulgado nessa terça-feira (30) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Apesar da desaceleração, os preços continuaram a subir, apenas em um ritmo mais lento. No acumulado de 2024, o IGP-M é de 1,71%, e em 12 meses, alcança 3,82%.

O IGP-M é composto pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional de Custo da Construção (INCC). Todos os componentes mostraram desaceleração entre junho e julho. A queda nos preços de alimentos in natura e a diminuição na alta da mão de obra contribuíram para a redução da inflação, mesmo com a desvalorização do real e reajustes em preços administrados como gasolina e energia.

A maior contribuição para a desaceleração veio dos alimentos in natura, cujo índice passou de 3% para -4,43%, e do grupo alimentação no IPC, que caiu de 0,96% para -0,84%. Embora a inflação tenha diminuído mensalmente, o acumulado de 12 meses aumentou de 2,45% em junho para 3,82% em julho, devido à saída da base de cálculo de uma deflação de 0,72% registrada no mesmo mês do ano anterior. 

Baixa do IGP-M – Entenda

O IGP-M é utilizado para o reajuste anual de contratos de aluguel. Sua redução beneficia a economia, ao diminuir custos de aluguel, estabiliza preços, aumenta a confiança do consumidor, possibilita a redução das taxas de juros, melhora a competitividade das empresas, atrai investimentos e ajuda a reduzir a pobreza, criando um ambiente propício para o crescimento econômico sustentável.

Em 2023, IGP-M registrou uma queda acumulada de 3,18%. Esta foi a menor taxa registrada pelo índice desde o início de sua série histórica. 

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