Na contramão da grande maioria das entidades esportivas, que suspenderam competições e atividades no mundo todo, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 ainda não decretou sequer o adiamento do evento, que tem início programado para o dia 24 de julho, no Japão. Nesta segunda-feira, 23, entretanto, o presidente do Comitê Tóquio 2020, Yoshiro Mori, e o CEO do órgão, Toshiro Muto, mudaram o discurso anterior de manutenção dos Jogos e consideraram o adiamento, destacando que um cancelamento não entrará em questão. “O adiamento não é o primeiro caminho de ação, mas não podemos não considerar isso”, afirmou Mori. O Comitê Olímpico Internacional (COI) também se pronunciou, mas sem uma posição definitiva sobre o que esperar dos Jogos. “De um lado, há avanços significativos no Japão, onde as pessoas estão recebendo calorosamente o fogo olímpico. Isso pode fortalecer a confiança nos japoneses de que o COI pode, com certas restrições de segurança, organizar os Jogos no país respeitando os princípios de salvaguarda da saúde de todos os envolvidos. De outro, há um aumento dramático no número de casos da covid-19 em diferentes países e continentes. Isso nos levou a concluir que o COI precisa dar mais um passo no planejamento de seu cenário”, diz nota publicada neste domingo, 22, no site oficial da entidade.